sábado, 13 de janeiro de 2024

Não nasci pra ser Lulu!

Menina dos anos de 1950, eu conheci as revistinhas de Bolinha e Luluzinha paralelamente aos livros de contos de fadas…

Como em casa sempre me chamaram de Lúcia  – eu nunca entendi porque fui registrada Carmen Lúcia e só “descobri” meu nome quando entrei no Jardim de Infância! – e como costumava ser excluída das brincadeiras de meus irmãos – que tinham lá seus “clubes” onde menina não entrava –, eu, de certo modo, me identificava com a pirralhinha de cabelos enrolados em cachos como os que mamãe gostava de arrumar sobre a minha cabecinha que preferiria não ter cabelos que precisassem ser desembaraçados!

Como eu invejava “os meninos”! E nem era só inveja do pinto que eles tinham e eu não… invejava o fato de não precisarem vestir camisas… de poderem sentar te pernas abertas… de terem bicicleta (minha mãe achava que bicicleta era só para meninos e eu cresci com vontade de ter uma!)… de não usarem calçolas enfeitadas com bicos e rendinhas… de poderem brincar sem se preocupar em sujar vestido de organdi… e de não ganharem panelinhas de presente!

A única coisa que eu achava legal na Luluzinha, era o fato dela ter um diário,… eu não cheguei a ter um, mas sempre escrevia… só que não exatamente sobre o que havia feito no dia!

Bem… a Lulu ficou no passado e, já adulta, eu conheci a Mafalda, de quem me tornei amiga-irmã!

 

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