terça-feira, 31 de agosto de 2021

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Ir e vir... será que é bom de bonde?

 


E hoje é dia de lembrar de um amigo que foi  presença intensa e verdadeira em minha vida. 

Foi em 1977 que ele chegou, com aquele jeito alegre e barulhento. Ficamos amigos desde o primeiro dia. 

Juntos, fizemos muita farra e dançamos muito. Paramos de dançar quanto eu engravidei e minha barriga começou a crescer... ele, com o “jeitinho sútil” que lhe era peculiar, disse que dançar com mulher buchuda era muito ruim... 😢😢

Fiquei sem meu par, mas nem liguei, pois naquela época eu vivia para minha barriga e depois, por cerca de 10 anos, eu vivi quase que exclusivamente para meu filho... 

Godói era exímio dançarino. Era muito disputado no salões, mas eu tinha sua preferência. Houve uma época em que ele ia lá pra casa só pra gente dançar. Ele se gabava de ser “pé de valsa” e atribuía o fato às pernas tortas dele... se comparava a Garrincha... dizia que Garrincha usava as pernas tortas pra ser craque no futebol, como ele fazia nas pistas de dança. 

Quando Erick ia fazer 2 anos, Godói teve um infarto e se afastou do trabalho. Voltou para Recife, mas me deu de presente um comprimido de Isordil – pílula minúscula para ser colocada sob a língua em caso de infarto. Ele recebera dois, quando deixou o hospital, e dividiu comigo, pois sabia que eu temia ter algo parecido e deixar meu filho sem cuidados de mãe.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Conheci um garrafeiro!


Eu, aqui, sigo com minha virose – a rimite – que resiste a tratamentos convencionais... acho que cronificou!

Assim, rimando, vou nadando contra a maré e espero sair fortalecida.

Desconfio que “minha bolha” – como aquelas “bolas de assopro” que vendiam nas festas de rua de minha infância – furou e vai murchar até sua forma original... mais concreta, menos fantasiosa...

Isto até pode ser ruim, mas é muito bom!

Publico aqui uma foto muito triste. Seria este menininho bisneto daqueles garotos que juntavam jornais velhos, latas e garrafas para vender?

Hoje em dia, se eu falar para meus jovens amiguinhos “garrafeiro”, com certeza eles irão imaginar um tipo de estante para colocar garrafas; mas eu conheci a palavras quando vinha associada a um senhor idoso (como eu tinha uns 4 anos, o senhor poderia até mesmo ter 18, para mim, era velhinho!) que tinha uma carroça de burro e saía pelas ruas da pequena capital paraibana, comprando os materiais que citei acima...

Na pré-história de onde eu venho, não havia plástico nem catadores de recicláveis...

Os meninos vendiam aquilo tudo e compravam gibis, que, depois de lidos, eram levados para serem trocados na porta do Rex, antes da matinal do domingo, quando iam assistir a um “faroeste”...

Hoje eu vejo como desde então, já nos idos de 1950, éramos sutilmente trabalhados pela propaganda através da qual o sistema capitalista nos formou!

Bem, a foto me atingiu de modo tão profundo, que travou meu “sistema operacional” – que parece ter atingido o grau final de obsolescência, mas que é o único que ainda consegue rodar no meu “hardware” fora de linha!

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Presente! Hoje, no passado e no futuro!

 


Eu nasci numa família numerosa. Quando cheguei, a casa já estava cheia!

E a imensa maioria era de meninos “danados”, meus primeiros professores.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Ensaiando

 

Desde que iniciei a Oficina de Literatura de Cordel, ministrada por Allan Sales, as rimas têm inundado meu pensamento de modo muito insistente. Tenho tentado mantê-las sob controle. Procuro aplicar as regras da métrica, mas não é nada fácil, principalmente para uma criatura meio bagunçada como eu!





segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Ruindade

 

Aprendi com um Passarinho, que não tem coisa pior, do que carne de tetéu:

É carne dura, não pega sal, não cozinha, não assa e ainda apaga o fogo!

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Filhos de Deus


Lá em casa, todo dia, mamãe juntava os filhos todos no quarto dela para juntos rezarem o terço...

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Festa das Neves




Seria alguém capaz de se divertir numa feste de rua usando um vestido parecido com este
 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Engatinhando

Estou fazendo uma oficina de Literatura de Cordel, ministrada pelo grande músico e poeta cordelista Allan Sales.

Tem sido uma experiência fantástica, pois descubro que parte de mim são moléculas de rima!

O isolamento físico e a perspectiva de completar o décimo setênio de vida no planeta Terra, me remetem a uma infância vivida à beira-mar (e a cena como esta!), no doce universo de água salgada que nunca saiu de mim, ainda que – meramente nas dimensões de tempo e espaço – hoje esteja muito distante.

E assim, sigo meus primeiros e cambaleantes passos rimados...

Agora é que quero ver
Quantos paus vou precisar
Pra fazer uma jangada
Que consiga navegar
Nestes mares tão bonitos
Da poesia popular!

Fazer rima até que faço,
Mas tem que metrificar...
(E a porca torce o rabo!)
Fico doida a contar,
Silabando cada verso
Pra na regra enquadrar...

Então me chega a “décima”,
Pra loucura aumentar!
Deste jeito “o alemão”
Não vai me capturar!
Se quiser cabeça boa, 
Venha logo versejar!

E experimento o sabor da décima...

Eu sou neta do sertão,
Mas sequer vivi por lá:
Me criei na beira-mar.
A ciranda é uma paixão
Que trago no coração
E o frevo me alucina
Desde que eu era menina!
Digo em verso e digo em prosa:
Como é bela e grandiosa
A cultura nordestina

Com o repente e a embolada
Que escutava lá na feira
Aprendi não é besteira
A lição que é passada
Por gente que é formada
Na escola pequenina
De uma vida clandestina
Que se faz vitoriosa
Como é bela e grandiosa
A cultura nordestina