quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Capivara

Realidade ou memória criada na minha imaginação? Só sei que me lembro muito bem!

Éramos do Jardim de Infância, na Escola Modelo do Estado da Paraíba.

Era uma meninada numerosa e fomos passear na Bica.

Além de nossa professora, D. Gracilda, éramos acompanhados por atenciosas auxiliares.

Um de meus colegas, o Múcio (menino muito “danado”, de quem nunca mais tive notícia, mas que nunca esqueci), foi mordido pela capivara...

Jamais esqueci da cena do joelho dele vermelho de sangue...

Meu medo de capivaras só aumentou, com aquele episódio...

E foi quando aprendi que anta e capivara são animais diferentes! 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Ir e vir... será que é bom de bonde?

 


E hoje é dia de lembrar de um amigo que foi  presença intensa e verdadeira em minha vida. 

Foi em 1977 que ele chegou, com aquele jeito alegre e barulhento. Ficamos amigos desde o primeiro dia. 

Juntos, fizemos muita farra e dançamos muito. Paramos de dançar quanto eu engravidei e minha barriga começou a crescer... ele, com o “jeitinho sútil” que lhe era peculiar, disse que dançar com mulher buchuda era muito ruim... 😢😢

Fiquei sem meu par, mas nem liguei, pois naquela época eu vivia para minha barriga e depois, por cerca de 10 anos, eu vivi quase que exclusivamente para meu filho... 

Godói era exímio dançarino. Era muito disputado no salões, mas eu tinha sua preferência. Houve uma época em que ele ia lá pra casa só pra gente dançar. Ele se gabava de ser “pé de valsa” e atribuía o fato às pernas tortas dele... se comparava a Garrincha... dizia que Garrincha usava as pernas tortas pra ser craque no futebol, como ele fazia nas pistas de dança. 

Quando Erick ia fazer 2 anos, Godói teve um infarto e se afastou do trabalho. Voltou para Recife, mas me deu de presente um comprimido de Isordil – pílula minúscula para ser colocada sob a língua em caso de infarto. Ele recebera dois, quando deixou o hospital, e dividiu comigo, pois sabia que eu temia ter algo parecido e deixar meu filho sem cuidados de mãe.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Conheci um garrafeiro!


Eu, aqui, sigo com minha virose – a rimite – que resiste a tratamentos convencionais... acho que cronificou!

Assim, rimando, vou nadando contra a maré e espero sair fortalecida.

Desconfio que “minha bolha” – como aquelas “bolas de assopro” que vendiam nas festas de rua de minha infância – furou e vai murchar até sua forma original... mais concreta, menos fantasiosa...

Isto até pode ser ruim, mas é muito bom!

Publico aqui uma foto muito triste. Seria este menininho bisneto daqueles garotos que juntavam jornais velhos, latas e garrafas para vender?

Hoje em dia, se eu falar para meus jovens amiguinhos “garrafeiro”, com certeza eles irão imaginar um tipo de estante para colocar garrafas; mas eu conheci a palavras quando vinha associada a um senhor idoso (como eu tinha uns 4 anos, o senhor poderia até mesmo ter 18, para mim, era velhinho!) que tinha uma carroça de burro e saía pelas ruas da pequena capital paraibana, comprando os materiais que citei acima...

Na pré-história de onde eu venho, não havia plástico nem catadores de recicláveis...

Os meninos vendiam aquilo tudo e compravam gibis, que, depois de lidos, eram levados para serem trocados na porta do Rex, antes da matinal do domingo, quando iam assistir a um “faroeste”...

Hoje eu vejo como desde então, já nos idos de 1950, éramos sutilmente trabalhados pela propaganda através da qual o sistema capitalista nos formou!

Bem, a foto me atingiu de modo tão profundo, que travou meu “sistema operacional” – que parece ter atingido o grau final de obsolescência, mas que é o único que ainda consegue rodar no meu “hardware” fora de linha!

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Presente! Hoje, no passado e no futuro!

 


Eu nasci numa família numerosa. Quando cheguei, a casa já estava cheia!

E a imensa maioria era de meninos “danados”, meus primeiros professores.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Ensaiando

 

Desde que iniciei a Oficina de Literatura de Cordel, ministrada por Allan Sales, as rimas têm inundado meu pensamento de modo muito insistente. Tenho tentado mantê-las sob controle. Procuro aplicar as regras da métrica, mas não é nada fácil, principalmente para uma criatura meio bagunçada como eu!





segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Ruindade

 

Aprendi com um Passarinho, que não tem coisa pior, do que carne de tetéu:

É carne dura, não pega sal, não cozinha, não assa e ainda apaga o fogo!

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Filhos de Deus


Lá em casa, todo dia, mamãe juntava os filhos todos no quarto dela para juntos rezarem o terço...

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Festa das Neves




Seria alguém capaz de se divertir numa feste de rua usando um vestido parecido com este
 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Engatinhando

Estou fazendo uma oficina de Literatura de Cordel, ministrada pelo grande músico e poeta cordelista Allan Sales.

Tem sido uma experiência fantástica, pois descubro que parte de mim são moléculas de rima!

O isolamento físico e a perspectiva de completar o décimo setênio de vida no planeta Terra, me remetem a uma infância vivida à beira-mar (e a cena como esta!), no doce universo de água salgada que nunca saiu de mim, ainda que – meramente nas dimensões de tempo e espaço – hoje esteja muito distante.

E assim, sigo meus primeiros e cambaleantes passos rimados...

Agora é que quero ver
Quantos paus vou precisar
Pra fazer uma jangada
Que consiga navegar
Nestes mares tão bonitos
Da poesia popular!

Fazer rima até que faço,
Mas tem que metrificar...
(E a porca torce o rabo!)
Fico doida a contar,
Silabando cada verso
Pra na regra enquadrar...

Então me chega a “décima”,
Pra loucura aumentar!
Deste jeito “o alemão”
Não vai me capturar!
Se quiser cabeça boa, 
Venha logo versejar!

E experimento o sabor da décima...

Eu sou neta do sertão,
Mas sequer vivi por lá:
Me criei na beira-mar.
A ciranda é uma paixão
Que trago no coração
E o frevo me alucina
Desde que eu era menina!
Digo em verso e digo em prosa:
Como é bela e grandiosa
A cultura nordestina

Com o repente e a embolada
Que escutava lá na feira
Aprendi não é besteira
A lição que é passada
Por gente que é formada
Na escola pequenina
De uma vida clandestina
Que se faz vitoriosa
Como é bela e grandiosa
A cultura nordestina






 

sábado, 31 de julho de 2021

Borboleta voa livre?

A palavra – especialmente em sua forma sonora – sempre teve uma interferência enorme na minha vida. E foi assim que, desde a mais tenra infância, associo a sexta-feira a uma enorme cesta de feira... 

Em 30 de julho de 2021, recebi as imagens das capas dos jornais do dia, como via minha mãe receber as cestas que meu pai trazia com a feira de nossa numerosíssima família...

A parte mais atraente das capas, como tem sido, eram as fotos das olimpíadas... e naquela sexta eram as da linda ginasta  medalhada... 

A semelhança do voo da ginastas com o de uma borboleta, me induz um tanto a pensar no quanto de liberdade que há no voo das borboletas, mas isto é outro assunto...

Em minha verdadeira confusão mental, as fotos acabaram motivando meu exercício da oficina de literatura de cordel que estou fazendo... e deu isto:

A menina tão miúda
Gosta muito de dançar
Pode virar bailarina
Assim vive a sonhar
Muito ágil, muito leve
Ela pode até voar!

Descobrindo a ginástica,
Já começa a treinar
E faz cada pirueta 
Que dá gosto de olhar
Lembra uma borboleta,
Quando salta pelo ar!

No dia da competição
Ela vai para brilhar
Quando chega sua vez
Se apresenta pra ganhar
Pra levar ouro ou prata
E o esforço compensar!


 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Uma velhinha desequilibrada

 Tô beirando os setenta
Bem do jeito que deus qué
Pouca gente inda aguenta
A chatura qui isso é 

Já num tenho paciência
Presses ômi e essas muié
Qui se enche de ciência:
Cagá regra é o qui eles qué 

Uma gente falsa e abestada
Sei muito bem acuma é
Fala bunito, numa pose retada
Só qué sê as prega di quelé!

Agora deu e vô simbora
Pois é lé com lé e cré cum cré!

Sempre fui uma pessoa curiosa e inquieta. 

Lembro de como foi testar se, realmente, a eletricidade provocava choque... na realidade, eu nem sabia o que era um choque... 

Achava que era aquela coisinha gostosa que eu sentia, às vezes, quando abria a porta de uma geladeira velha ou quando batia com o cotovelo numa quina qualquer.

Um dia resolvi experimentar o que era proibido: no quarto de meus irmãos mais velhos, que já nem moravam mais conosco, tinha uma lâmpada pendurada por um fio que descia do teto e ficava bem exposta, sem nenhuma luminária... a informação que eu tinha era de que se eu tocasse “no amarelinho da lâmpada”, levaria um choque... bem... peguei uma barrinha de ferro e toquei no ponto proibido... estava de sandália de borracha (japonesa, como era chamada em Jampa no final dos anos de 1950) e não senti nada... aí, tirei um chinelo e, quando o pé tocou o chão, senti uma dor imensa e acho que larguei o ferro... gritei... fui socorrida  e levada pro castigo... foi uma lição prática e inesquecível!

Muitos anos depois... talvez 30, pois já era mãe... estava eu no sítio de um daqueles meus irmãos mais velhos... havia saído do banho de riacho com meu filho que pedira para mamar... fomos pra casa, amamentei meu filho numa rede na varanda (ou no alpendre, como a gente também falava lá em casa) e deixei ele lá dormindo sossegado... 

Num canto, largado, estava o isqueite de um sobrinho... um diabinho veio me atentar, dizendo pra eu experimentar aquilo... subi na pranchinha de rodas... e comecei a me movimenta com a ajuda das redes e das paredes... Bem... ganhei confiança... larguei tudo, deixei o pé esquerdo na prancha e dei um impulso forte com o direito... e me estatelei no chão, de costas... o barulho do quengo dura batendo no chão chamou a atenção do pessoal que jogava baralho na sala (entre estes, meu pai) e todo mundo veio ver a cena patética... acho que foi ali o último carão que recebi de meu velho pai...

Bem... será que hoje, cerca de 30 anos depois... mais ajuizada... não está na hora de tentar de novo?!

domingo, 25 de julho de 2021

Há saltos e há rasteiras...

Sim, ainda há saltos e há rasteiras, para além de assaltos e arrastões!!

Costumo dizer que sou uma eterna aprendiz. Mas minha eternidade – como a de todo ser vivente, animado ou desanimado – é finita.  


É inevitável: com o avançar do tempo, a gente vai perdendo acuidade visual. No meu caso, até já fiz três cirurgias oftalmológicas e uns procedimentos corretivos (e também faço, vez por outra, ginástica para os olhos!) , mas não posso dizer que não sinto falta da visão dos meus  “verdes anos”.


Agora... enquanto aumentam as dificuldades para enxergar com clareza objetos concretos – especialmente se estão muito próximos –, cresce a capacidade de visualizar a linha de chegada, que se aproxima!


Talvez seja tempo de fazer inventário... inventariar o que aprendi na existência no Planeta, para que tudo possa fazer algum sentido. 


Segundo já me falaram amigos astrólogos, nasci num signo regido pelo elemento Terra.

Talvez seja por isso que gosto , e preciso, tanto de andar descalça, de estar em contato com o chão!


Na adolescência, tentei aprender a “usar salto alto” porque achava bonito e porque aqueles sapatos carregavam um simbolismo que eu, secretamente, sonhava realizar.

Nunca consegui... sempre me senti uma pata desengonçada, toda vez que tentei... 


Com o passar do tempo, dei pra observar como tem gente que gosta de calçar sapatos de saltos altos. E posso também ver que são raras as pessoas que sobem nos saltos com propriedade. 


Muitos calçam sapatos que não são adequados – nem para seus pés, nem para o terreno em que estão pisando – e saem por aí com aquele andar torto, bambo e muito feio que eu preferi evitar.


E eita que aqui passo a misturar os saltos reais e concretos dos sapatos com “saltos” feitos de teoria – que considero ainda mais difíceis de serem usados, mas que tenho visto serem calçados com uma “naturalidade” absolutamente artificial!


Me parece que muitos usam aqueles saltos altíssimos para se distanciar do chão, onde habitam criaturas inferiores que merecem ser esmagadas por saltos afiados!


De cima dos saltos, enxergam e escutam apenas os seus pares. 


Narcisos, se consideram iluminados e buscam ambiente espelhados onde possam se deliciar com as imagem que conseguem projetar; mas também lhes agrada projetar algumas sombras. (Será que aprenderam a brincar com as sombras em suas infâncias não tão remotas?!)


Não sei se estas criaturas sabem consertar saltos quebrados, nem sei se estão prontas para as possíveis quedas. 


Às vezes, me inspiram nojo, pela arrogância que transpiram, mas às vezes tenho pena delas, que não conhecem o prazer, o conforto e a segurança de calçar um chinelo de rabicho, ou mesmo uma alpercata rústica... acho que – na vida real, fora de uma tela – nunca foram numa feira (apesar de serem capazes de “formular” teorias ”perfeitas” sobre o assunto).

sábado, 24 de julho de 2021

Revendo e aprendendo

 

O tempo passa muito rápido para pessoas que estão no tempo há muito tempo e acelera por qualquer motivo besta... quanto mais quando estamos no isolamento da pandemia viral do século XXI!!

Pois bem, recentemente – mas talvez já há um ano – conheci um poeta cordelista muito bom e acabamos ficando amigos. Allan – que além de ser um poeta maravilhoso, antenado e atinado também é um músico de primeira linha  – tem promovido encontros culturais entre artistas populares (poetas e músicos) e tem me convidado. Ali eu me sinto uma plateia ultraprivilegiada... adoro!!

Acontece que ficar em um ambiente daqueles – fechado e com as pessoas muito próximas e compartilhando o mesmo ar impregnado com o vírus da poesia – acabou me contaminando. Tive uma crise aguda depois do último encontro e acabei “expelindo” meu primeiro escrito rimado... 

A crise deixou sequelas e eu tenho me pegado buscando rimas para completar meus pensamentos... não sei se é virose besta e vai passar logo, ou se vai cronificar, que nem estas crônicas que têm ficado...

Amém??  Ah... menos!! Amemos!!!

Chego quieta e caladinha
Tomara que ninguém me veja...
Vim pra ver a ladainha
Que se reza nesta igreja!

Um cara, feito um porteiro,
Me entrega um papelzinho
Uma espécie de roteiro
Pra seguir aquele caminho

Papel cheio de frase complicada
Sempre seguida de um amém
Fico logo bem cismada 
E pensando: aqui tem...

Fico muito incomodada
Tiro o grampo do cabelo
Sacudo a juba desgrenhada
E grito  num apelo:

Gente, não digo pra vocês pararem 
De rezar se lhes faz bem
Mas tirem o acento do amém
Se abracem, se beijem e se amem! 

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Os sentidos sem sentido

Eu sinto e sinto muito!

Nem sei exatamente com meus sentidos interagem, mas desconfio que os cinco atuam como um time de basquete. Também não sei direito como funciona um time de basquete “de verdade” – apesar de ser mãe de um jogador meio aposentado e grande fã do esporte. Gosto, não exatamente do esporte que desconheço, mas da brincadeira que praticava na infância. E gosto do fato de poder ser, de algum modo, praticado na solidão... vejo esta prática como um treino...

Não sou muito afeita a regras... por um problema de cognição, elas me confundem e eu – sem conseguir cumpri-las adequadamente, apesar de todo o meu empenho – acabo frustrada sempre que tento participar de qualquer atividade complexa e que tenha muita regras para serem observadas.

Digressão à parte, sei que em todo esporte tem um jogador que funciona em posição de destaque no time... uma espécie de capitão, que desconfio que no basquete tenha outro nome... 

Bem, no time dos meus sentidos, quem faz este papel é a VISÃO! Sem enxergar direito, não consigo sequer raciocinar... é horrível! 

Tenho traumas de infância associados à brincadeira de cabra-cega (que, se não me falha a memória, a gente chamava de “cobra-cega”)! A AUDIÇÃO  funciona como auxiliar fundamental, no meu time, mas acho que, sozinha, não consegue dar conta de me fazer um ser pensante e lúcido... Meus outros sentidos são importantes, mas agem mais como suporte... 

Morro de medo da cegueira! Principalmente porque, este meu singelo time é muito obediente ao seu treinador... minha INTUIÇÃO, sexto jogador, que teima em invadir a quadra e jogar pelos outros. 

Excluindo minhas atividades profissionais – que deixei há muito tempo – nunca fui versada em nenhuma das coisas que faço. Ajo sempre por intuição e luto para domesticar, ou educar convenientemente, este ser animalesco que habita meu corpo. 

Sim, mas por que despejar este monte de miolo de pote aqui? 

Acho que tem a ver com os sonhos que tive na última noite passada... sonhei com Luciano, que era a pessoa com quem eu dividia toda a minha maluquice, sem reserva alguma – escrevi para ele porra! 

Ele dizia que se a gente quisesse acabar com os sonhos, era só dormir... e a gente gastou muitas horas ao telefone falando sobre isto... agora que ele foi dormir por mais tempo, me resta falar ao vento, sem esperar resposta alguma.


terça-feira, 20 de julho de 2021

Saldando com saudades!

Pois é... no 20 de julho também se celebra o dia do amigo... 

Não tenho muitos amigos e a maioria de minhas amizades mais constantes nasceram antes de ser definido um dia – ou dois, pois lembro que também uma data destas no primeiro semestre – para troca de mensagens entre amigos... 


Desconfio que, em breve, surgirão – se já existem, ainda desconheço – campanhas comerciais baseadas nisto... meros quadrinhos com frases bonitas (ou bobas, algumas delas!) não se traduzem em lucro, né?


Quanto à mensagem... não guardo meus amigos: nem no peito; nem em nenhum cofre! 


Como tudo o que gosto, eu uso e abuso de meus amigos queridos!


Às vezes, realmente, aparece alguém com cara de amigo, cheiro de amigo... mas que na essência, não me convence como amigo... estes eu “guardo do lado esquerdo do peito”... tem uns que murcham e desaparecem e tem outros que crescem e nem cabem mais ali... aí eu trago pro uso diário!


Se algum, devido ao uso, se desgasta, pode ir também pro lugar de guardar amigos... ou pra geladeira!




segunda-feira, 19 de julho de 2021

Um ano sem o roxo!

Hoje o feicebuque me trouxe como lembrança uma versão minha que já completou um ano!

Na época, a pandemia era menina pequena e eu ainda tinha a ilusão de que o isolamento – que me deixava trancada e sozinha e já completara quatro meses – acabaria em breve.


Sempre gostei de atividades extra-casa (como caminhadas, sessões de cinema, espetáculos teatrais/musicais, etc.) e, há muito, não dependia de companhia para praticá-las, mas estava com medo até de dar uma volta no quarteirão onde moro!



Uma das coisas que cancelei, foi o tratamento fisioterápico que eu fazia para recuperar meu ombro direito de uma fratura... deixei que a Natureza completasse a cura sozinha, pagando o preço de não recuperar a amplitude total de meus movimentos que envolvessem o braço afetado.


Bem, eu precisava cortar os cabelos, mas nem pensava em ir (como vou amanhã!) cortá-los com uma profissional. Fiz eu mesma o serviço – labojeiro – com uma tesoura comum e sem conseguir levantar o braço direito para além da altura do ombro... foi assim que toda a parte que ainda restava colorida (de roxo vibrante) dos meus cachos foi parar na lata de lixo...


Então, comentei... ➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖


Desde pirralha, sempre gostei de colorir... na infância, o presente que mais me fez feliz foi uma aquarela com 24 cores... vinha num estojo metálico e acompanhada de um pincel... como gostei daquilo! 


Foi presente de minha mãe, que me conhecia muito bem... fiquei viciada em colorir o mundo todo!


Bem... minha carreira como pintora durou até 1966, qdo frequentei o curso infantil de pintura do programa de extensão da UFPB... 


Descobri que me faltava talento e me envolvi com outras artes (tentei até tocar violão!), para ir descobrindo aos poucos que era absolutamente desprovida de talentos artísticos...


Mas, quando meus cabelos começaram a embranquecer, comecei a fazer de minha cabeça a tela com que sonhara um dia, tingindo meus cabelos brancos de cores “de caneta”, especialmente, gostava de fazer meus cabelos da cor do céu...


Com o fechamento das lojas... deixei de colorir meus cabelos e hoje vi que estão da cor do céu ... e gostei...


Será que vou resistir a jogar um tom forte na cabeça? Saberei em breve!