sábado, 31 de julho de 2021

Borboleta voa livre?

A palavra – especialmente em sua forma sonora – sempre teve uma interferência enorme na minha vida. E foi assim que, desde a mais tenra infância, associo a sexta-feira a uma enorme cesta de feira... 

Em 30 de julho de 2021, recebi as imagens das capas dos jornais do dia, como via minha mãe receber as cestas que meu pai trazia com a feira de nossa numerosíssima família...

A parte mais atraente das capas, como tem sido, eram as fotos das olimpíadas... e naquela sexta eram as da linda ginasta  medalhada... 

A semelhança do voo da ginastas com o de uma borboleta, me induz um tanto a pensar no quanto de liberdade que há no voo das borboletas, mas isto é outro assunto...

Em minha verdadeira confusão mental, as fotos acabaram motivando meu exercício da oficina de literatura de cordel que estou fazendo... e deu isto:

A menina tão miúda
Gosta muito de dançar
Pode virar bailarina
Assim vive a sonhar
Muito ágil, muito leve
Ela pode até voar!

Descobrindo a ginástica,
Já começa a treinar
E faz cada pirueta 
Que dá gosto de olhar
Lembra uma borboleta,
Quando salta pelo ar!

No dia da competição
Ela vai para brilhar
Quando chega sua vez
Se apresenta pra ganhar
Pra levar ouro ou prata
E o esforço compensar!


 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Uma velhinha desequilibrada

 Tô beirando os setenta
Bem do jeito que deus qué
Pouca gente inda aguenta
A chatura qui isso é 

Já num tenho paciência
Presses ômi e essas muié
Qui se enche de ciência:
Cagá regra é o qui eles qué 

Uma gente falsa e abestada
Sei muito bem acuma é
Fala bunito, numa pose retada
Só qué sê as prega di quelé!

Agora deu e vô simbora
Pois é lé com lé e cré cum cré!

Sempre fui uma pessoa curiosa e inquieta. 

Lembro de como foi testar se, realmente, a eletricidade provocava choque... na realidade, eu nem sabia o que era um choque... 

Achava que era aquela coisinha gostosa que eu sentia, às vezes, quando abria a porta de uma geladeira velha ou quando batia com o cotovelo numa quina qualquer.

Um dia resolvi experimentar o que era proibido: no quarto de meus irmãos mais velhos, que já nem moravam mais conosco, tinha uma lâmpada pendurada por um fio que descia do teto e ficava bem exposta, sem nenhuma luminária... a informação que eu tinha era de que se eu tocasse “no amarelinho da lâmpada”, levaria um choque... bem... peguei uma barrinha de ferro e toquei no ponto proibido... estava de sandália de borracha (japonesa, como era chamada em Jampa no final dos anos de 1950) e não senti nada... aí, tirei um chinelo e, quando o pé tocou o chão, senti uma dor imensa e acho que larguei o ferro... gritei... fui socorrida  e levada pro castigo... foi uma lição prática e inesquecível!

Muitos anos depois... talvez 30, pois já era mãe... estava eu no sítio de um daqueles meus irmãos mais velhos... havia saído do banho de riacho com meu filho que pedira para mamar... fomos pra casa, amamentei meu filho numa rede na varanda (ou no alpendre, como a gente também falava lá em casa) e deixei ele lá dormindo sossegado... 

Num canto, largado, estava o isqueite de um sobrinho... um diabinho veio me atentar, dizendo pra eu experimentar aquilo... subi na pranchinha de rodas... e comecei a me movimenta com a ajuda das redes e das paredes... Bem... ganhei confiança... larguei tudo, deixei o pé esquerdo na prancha e dei um impulso forte com o direito... e me estatelei no chão, de costas... o barulho do quengo dura batendo no chão chamou a atenção do pessoal que jogava baralho na sala (entre estes, meu pai) e todo mundo veio ver a cena patética... acho que foi ali o último carão que recebi de meu velho pai...

Bem... será que hoje, cerca de 30 anos depois... mais ajuizada... não está na hora de tentar de novo?!

domingo, 25 de julho de 2021

Há saltos e há rasteiras...

Sim, ainda há saltos e há rasteiras, para além de assaltos e arrastões!!

Costumo dizer que sou uma eterna aprendiz. Mas minha eternidade – como a de todo ser vivente, animado ou desanimado – é finita.  


É inevitável: com o avançar do tempo, a gente vai perdendo acuidade visual. No meu caso, até já fiz três cirurgias oftalmológicas e uns procedimentos corretivos (e também faço, vez por outra, ginástica para os olhos!) , mas não posso dizer que não sinto falta da visão dos meus  “verdes anos”.


Agora... enquanto aumentam as dificuldades para enxergar com clareza objetos concretos – especialmente se estão muito próximos –, cresce a capacidade de visualizar a linha de chegada, que se aproxima!


Talvez seja tempo de fazer inventário... inventariar o que aprendi na existência no Planeta, para que tudo possa fazer algum sentido. 


Segundo já me falaram amigos astrólogos, nasci num signo regido pelo elemento Terra.

Talvez seja por isso que gosto , e preciso, tanto de andar descalça, de estar em contato com o chão!


Na adolescência, tentei aprender a “usar salto alto” porque achava bonito e porque aqueles sapatos carregavam um simbolismo que eu, secretamente, sonhava realizar.

Nunca consegui... sempre me senti uma pata desengonçada, toda vez que tentei... 


Com o passar do tempo, dei pra observar como tem gente que gosta de calçar sapatos de saltos altos. E posso também ver que são raras as pessoas que sobem nos saltos com propriedade. 


Muitos calçam sapatos que não são adequados – nem para seus pés, nem para o terreno em que estão pisando – e saem por aí com aquele andar torto, bambo e muito feio que eu preferi evitar.


E eita que aqui passo a misturar os saltos reais e concretos dos sapatos com “saltos” feitos de teoria – que considero ainda mais difíceis de serem usados, mas que tenho visto serem calçados com uma “naturalidade” absolutamente artificial!


Me parece que muitos usam aqueles saltos altíssimos para se distanciar do chão, onde habitam criaturas inferiores que merecem ser esmagadas por saltos afiados!


De cima dos saltos, enxergam e escutam apenas os seus pares. 


Narcisos, se consideram iluminados e buscam ambiente espelhados onde possam se deliciar com as imagem que conseguem projetar; mas também lhes agrada projetar algumas sombras. (Será que aprenderam a brincar com as sombras em suas infâncias não tão remotas?!)


Não sei se estas criaturas sabem consertar saltos quebrados, nem sei se estão prontas para as possíveis quedas. 


Às vezes, me inspiram nojo, pela arrogância que transpiram, mas às vezes tenho pena delas, que não conhecem o prazer, o conforto e a segurança de calçar um chinelo de rabicho, ou mesmo uma alpercata rústica... acho que – na vida real, fora de uma tela – nunca foram numa feira (apesar de serem capazes de “formular” teorias ”perfeitas” sobre o assunto).

sábado, 24 de julho de 2021

Revendo e aprendendo

 

O tempo passa muito rápido para pessoas que estão no tempo há muito tempo e acelera por qualquer motivo besta... quanto mais quando estamos no isolamento da pandemia viral do século XXI!!

Pois bem, recentemente – mas talvez já há um ano – conheci um poeta cordelista muito bom e acabamos ficando amigos. Allan – que além de ser um poeta maravilhoso, antenado e atinado também é um músico de primeira linha  – tem promovido encontros culturais entre artistas populares (poetas e músicos) e tem me convidado. Ali eu me sinto uma plateia ultraprivilegiada... adoro!!

Acontece que ficar em um ambiente daqueles – fechado e com as pessoas muito próximas e compartilhando o mesmo ar impregnado com o vírus da poesia – acabou me contaminando. Tive uma crise aguda depois do último encontro e acabei “expelindo” meu primeiro escrito rimado... 

A crise deixou sequelas e eu tenho me pegado buscando rimas para completar meus pensamentos... não sei se é virose besta e vai passar logo, ou se vai cronificar, que nem estas crônicas que têm ficado...

Amém??  Ah... menos!! Amemos!!!

Chego quieta e caladinha
Tomara que ninguém me veja...
Vim pra ver a ladainha
Que se reza nesta igreja!

Um cara, feito um porteiro,
Me entrega um papelzinho
Uma espécie de roteiro
Pra seguir aquele caminho

Papel cheio de frase complicada
Sempre seguida de um amém
Fico logo bem cismada 
E pensando: aqui tem...

Fico muito incomodada
Tiro o grampo do cabelo
Sacudo a juba desgrenhada
E grito  num apelo:

Gente, não digo pra vocês pararem 
De rezar se lhes faz bem
Mas tirem o acento do amém
Se abracem, se beijem e se amem! 

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Os sentidos sem sentido

Eu sinto e sinto muito!

Nem sei exatamente com meus sentidos interagem, mas desconfio que os cinco atuam como um time de basquete. Também não sei direito como funciona um time de basquete “de verdade” – apesar de ser mãe de um jogador meio aposentado e grande fã do esporte. Gosto, não exatamente do esporte que desconheço, mas da brincadeira que praticava na infância. E gosto do fato de poder ser, de algum modo, praticado na solidão... vejo esta prática como um treino...

Não sou muito afeita a regras... por um problema de cognição, elas me confundem e eu – sem conseguir cumpri-las adequadamente, apesar de todo o meu empenho – acabo frustrada sempre que tento participar de qualquer atividade complexa e que tenha muita regras para serem observadas.

Digressão à parte, sei que em todo esporte tem um jogador que funciona em posição de destaque no time... uma espécie de capitão, que desconfio que no basquete tenha outro nome... 

Bem, no time dos meus sentidos, quem faz este papel é a VISÃO! Sem enxergar direito, não consigo sequer raciocinar... é horrível! 

Tenho traumas de infância associados à brincadeira de cabra-cega (que, se não me falha a memória, a gente chamava de “cobra-cega”)! A AUDIÇÃO  funciona como auxiliar fundamental, no meu time, mas acho que, sozinha, não consegue dar conta de me fazer um ser pensante e lúcido... Meus outros sentidos são importantes, mas agem mais como suporte... 

Morro de medo da cegueira! Principalmente porque, este meu singelo time é muito obediente ao seu treinador... minha INTUIÇÃO, sexto jogador, que teima em invadir a quadra e jogar pelos outros. 

Excluindo minhas atividades profissionais – que deixei há muito tempo – nunca fui versada em nenhuma das coisas que faço. Ajo sempre por intuição e luto para domesticar, ou educar convenientemente, este ser animalesco que habita meu corpo. 

Sim, mas por que despejar este monte de miolo de pote aqui? 

Acho que tem a ver com os sonhos que tive na última noite passada... sonhei com Luciano, que era a pessoa com quem eu dividia toda a minha maluquice, sem reserva alguma – escrevi para ele porra! 

Ele dizia que se a gente quisesse acabar com os sonhos, era só dormir... e a gente gastou muitas horas ao telefone falando sobre isto... agora que ele foi dormir por mais tempo, me resta falar ao vento, sem esperar resposta alguma.


terça-feira, 20 de julho de 2021

Saldando com saudades!

Pois é... no 20 de julho também se celebra o dia do amigo... 

Não tenho muitos amigos e a maioria de minhas amizades mais constantes nasceram antes de ser definido um dia – ou dois, pois lembro que também uma data destas no primeiro semestre – para troca de mensagens entre amigos... 


Desconfio que, em breve, surgirão – se já existem, ainda desconheço – campanhas comerciais baseadas nisto... meros quadrinhos com frases bonitas (ou bobas, algumas delas!) não se traduzem em lucro, né?


Quanto à mensagem... não guardo meus amigos: nem no peito; nem em nenhum cofre! 


Como tudo o que gosto, eu uso e abuso de meus amigos queridos!


Às vezes, realmente, aparece alguém com cara de amigo, cheiro de amigo... mas que na essência, não me convence como amigo... estes eu “guardo do lado esquerdo do peito”... tem uns que murcham e desaparecem e tem outros que crescem e nem cabem mais ali... aí eu trago pro uso diário!


Se algum, devido ao uso, se desgasta, pode ir também pro lugar de guardar amigos... ou pra geladeira!




segunda-feira, 19 de julho de 2021

Um ano sem o roxo!

Hoje o feicebuque me trouxe como lembrança uma versão minha que já completou um ano!

Na época, a pandemia era menina pequena e eu ainda tinha a ilusão de que o isolamento – que me deixava trancada e sozinha e já completara quatro meses – acabaria em breve.


Sempre gostei de atividades extra-casa (como caminhadas, sessões de cinema, espetáculos teatrais/musicais, etc.) e, há muito, não dependia de companhia para praticá-las, mas estava com medo até de dar uma volta no quarteirão onde moro!



Uma das coisas que cancelei, foi o tratamento fisioterápico que eu fazia para recuperar meu ombro direito de uma fratura... deixei que a Natureza completasse a cura sozinha, pagando o preço de não recuperar a amplitude total de meus movimentos que envolvessem o braço afetado.


Bem, eu precisava cortar os cabelos, mas nem pensava em ir (como vou amanhã!) cortá-los com uma profissional. Fiz eu mesma o serviço – labojeiro – com uma tesoura comum e sem conseguir levantar o braço direito para além da altura do ombro... foi assim que toda a parte que ainda restava colorida (de roxo vibrante) dos meus cachos foi parar na lata de lixo...


Então, comentei... ➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖➖


Desde pirralha, sempre gostei de colorir... na infância, o presente que mais me fez feliz foi uma aquarela com 24 cores... vinha num estojo metálico e acompanhada de um pincel... como gostei daquilo! 


Foi presente de minha mãe, que me conhecia muito bem... fiquei viciada em colorir o mundo todo!


Bem... minha carreira como pintora durou até 1966, qdo frequentei o curso infantil de pintura do programa de extensão da UFPB... 


Descobri que me faltava talento e me envolvi com outras artes (tentei até tocar violão!), para ir descobrindo aos poucos que era absolutamente desprovida de talentos artísticos...


Mas, quando meus cabelos começaram a embranquecer, comecei a fazer de minha cabeça a tela com que sonhara um dia, tingindo meus cabelos brancos de cores “de caneta”, especialmente, gostava de fazer meus cabelos da cor do céu...


Com o fechamento das lojas... deixei de colorir meus cabelos e hoje vi que estão da cor do céu ... e gostei...


Será que vou resistir a jogar um tom forte na cabeça? Saberei em breve!

sábado, 17 de julho de 2021

Assistência, às vezes, me assusta!

Ouvi recentemente – de uma pessoa que admiro e respeito muito – que só se deve escrever quando se tem algo a dizer.

Acho a colocação perfeita! E por isso que não escrevo... como nada tenho a dizer, me limito a postar besteiras por aqui... 

Faço isto como exercício contra o Alzheimer – que costuma espreitar quem teima em continuar respirando sem a ajuda de aparelhos mesmo tendo (quase) completado os dez setênios da existência humana já estudados – e para aliviar um cérebro congestionado da lembranças, que podem vir a atrapalhar os compromissos que ainda teimo em assumir.

Bem, há pouco tempo – para atender à execução um destes compromissos – me foi oferecida uma “assistência”... 

Inevitavelmente – para a pirralha que mora em mim e vive me atazanando o juízo, mas que tem sido minha melhor companhia, neste isolamento que me foi imposto – me veio à mente, e não quer sair de lá!, a imagem que reproduzo aqui...

Menina pequena – morando no centro de uma capital também muito pequena (mas uma capital!) e relativamente próximo ao “prontossocorro”, eu costumava ver passar a assistência na rua onde morava... 

Não encontrei nenhuma foto mais fiel à minha lembrança... mas esta se aproxima bastante: era um carro todo branco e de formas arredondados – eu achava muito parecido com a geladeira lá de casa... a diferença era a sirene vermelha e barulhenta em cima da assistência... em cima da geladeira a gente tinha um pinguim de louça mudo – que transportava doente graves... (na época, eu rezava uma “ave-maria” pra ajudar a salvar os doentes!)

Bem, faz muito tempo que não rezo... espero só que a assistência  que me foi oferecida seja do tipo que escuta o paciente e não tenta “salvar o peixe que está se afogando no aquário”!

Não me peça

Sinto que sou uma peça, só não me peça para que eu me encaixe... há muito busco a minha caixa... a caixa de onde eu vim... não posso ser peça avulsa... não devo ser... não quero sê-lo!

Cheguei no planeta Terra há quase 70 anos. Naquela época, principalmente no Nordeste Brasileiro, não eram raras as famílias numerosas... 

Cheguei em uma delas... fui a oitava filha de um mesmo casal, mas minha mãe era uma jovem de 34 anos...  (cito o fato porque fui mãe, solteira, de meu filho único aos 36... E a maternidade me fez ter a certeza de que minha mãe era a própria “supermulher”!)

Bem, tive uma infância meio solitária, pois cresci menina cercada de irmãos meninos e – como não havia meninas na vizinhança – eram eles que poderiam ser meus companheiros de brincadeiras. 

Mas eu não era uma companhia muito bem aceita...era “portadora de deficiência”, pois não tinha um pinto! (E, aparentemente, sem tal acessório jamais seria boa de bola... fosse com a bola de couro do futebol, pesada e sem graça; fosse com as bolinhas de gude, que eu achava lindas!) 

Só que, havia brincadeiras às quais eu podia me entregar e me divertir sozinha! 

Desde muito cedo aprendi a me refugiar na leitura para criar uma realidade onde pudesse existir plenamente, mas a leitura não me oferecia o ambiente completo e eu precisava escrever sempre... 

Tive muitos cadernos e tive diários!

Os quebra-cabeças fizeram parte de minha infância, tanto quanto os livros. E minha mãe fazia uns legais, colando gravuras bonitas em cartolina grossa e recortando as peças para a gente montar depois. Eu sempre montava buscando completar uma imagem coerente... não me passava pela cabeça observar os formatos das peças para colocá-las em seu devido lugar... quando aprendi a “técnica” – ou a “teoria”, sabe-se lá! – por trás da minha brincadeira, foi-se o encanto e o interesse... nunca quis montar aqueles quebra-cabeças de milhares de peças!

Bem, mais tarde descobri que – no quebra-cabeças da vida – sou uma pecinha que caiu de alguma caixa e não encontrou ainda o seu lugar ainda!!

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Um jogo perigoso!

 No feicebuque, uma amiga querida fez uma postagem sobre este “brinquedo”…

Como eu não conhecia – faz tempo que estou afastada deste universo de jogos de tabuleiro – fui me informar sobre ele e  encontrei uma singela descrição, que me deixou estarrecida!


( é ou não é o processo de acumulação primitva do capital apresentado de forma  lúdica e sedutora para nossa crianças??)


“Em Small World, os jogadores disputam a conquista e controle de um mundo que é simplesmente pequeno demais para acomodar todo mundo.

Small World é habitado por um elenco de personagens malucos como anões, magos, amazonas, gigantes, orcs, e até seres humanos, que usam suas tropas para ocupar território e conquistar terras adjacentes, a fim de empurrar as outras raças para fora da terra.

Escolher a combinação certa entre as 14 raças de fantasia diferentes e 20 únicos poderes especiais, os jogadores correm para expandir seus impérios – muitas vezes à custa dos vizinhos mais fracos. No entanto, eles também devem saber quando entrar em declínio e montar uma nova combinação para a vitória!”

terça-feira, 13 de julho de 2021

Morfeu e eu

Tenho dormido muito tarde... mas isto não chega a ser novidade para mim... Enquanto tem muita gente virando jacaré depois da vacina, eu já tenho minha persona irracional desenvolvida há muito tempo... 

Acho que minha transformação começou quando eu saí da casa de meus pais – há 52 anos! – e deixei de ouvir o “apague esta luz e vá dormir!”... gosto do silêncio das madrugadas... consigo me escutar melhor nestas horas... e foi assim que, aos poucos, fui virando meio coruja... 

Bem, é claro que – como acontece com todas nós – a maternidade completou o processo! Mas sou coruja para além de ser mãe do filho mais lindo do universo inteiro!

Bem, ainda que tenha um padrão de sono bastante condenado pelos que se preocupam com minha saúde, não considero que tenha insônia. Durmo pouco, mas durmo profundamente e não passo os dias cansada e cochilando... (aliás, a partir do que tenho observado, acho mesmo que na velhice a nossa necessidade de sono é reduzida!)

Agora ... às vezes, cada dia mais raramente, acontece e... Pense numa coisa maravilhosa! 

Hoje eu acordei tarde… já passava das 8 horas e costumo acordar antes das 7... até peguei o celular para começar meu dia respondendo mensagens e lendo notícias...

Pois bem… Morfeu me abraçou de novo e fiquei quietinha no abraço dele por mais duas horas!! 

Foi muito massa!! 

Agora vou à luta!

 

domingo, 4 de julho de 2021

Dia de Luciano!


 Hoje é Quatro de Julho e, desde 2015, para mim é o Dia de Luciano!

Acordo com aquela mesma enorme vontade de ligar para conversar um monte de besteira e outro tanto de coisa séria e importante – como a gente fazia com frequência, durante os últimos seis anos... 

Não dá mais para falar com meu grande amigo pelo telefone... mas a ligação espiritual não tem limite físico de nenhuma dimensão e nos mantém conectados...

Invariavelmente, nesta época de clima mais ameno  no Rio, ele reclamaria do frio – dizia que se o termômetro marcava menos que 30° C, fazia frio e ele não gostava de dias assim!

Falaríamos do calor das manifestações de ontem... com certeza ele teria ido e feito uma bela reportagem, com fotos e vídeos. Certamente assistiu a tudo lá da “arquibancada do céu” – de onde assiste a tudo (inclusive aos jogos do Flamengo, que ele amava tanto!) e de onde torce para que conquistemos nossa  soberania, a exemplo do povo cubano!

Sim, como saímos do Brasil para nos conhecer lá, Cuba era nossa referência e a base de um projeto comum que já não vamos poder concluir, mas que eu guardarei sempre no meu coração!

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Marcelo

 Se não tivesse nos deixado – há já quase 10 anos – meu irmão Marcelo completaria 79 anos hoje. 

Com ele, ouvindo suas “conversas de gente grande” com os amigos, aprendi muito cedo que tinha muita coisa pra ser consertada no mundo em que a gente estava vivendo. 

Muito do que ouvi dele, fui entendendo ao longo do caminho que escolhi, vom uma forte influência daquelas “aulas” que ele bem sabia que eu estava assistindo com muita atenção!

Marcelo é presença forte e constante na minha vida!

Esta montagem – feita a partir de uma foto de 2009, quando comemoramos o centenário do nascimento de papai – só tem três inclusões artificiais... se fôssemos fazer algo semelhante hoje, seria mais trabalhoso... seria preciso incluir  sete pessoas, pois, dos 12 que estão na foto, só restam cinco vivos...

E eu me considero uma privilegiada... como sou uma eterna aprendiz – além de aprender com meus pais – pude aproveitar a vantagem de ter muitos irmãos e absorver um bocado de ensinamentos extra... todos me ensinaram muito!)

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Notícias alvissareiras!


Já faz um bom tempo que MEU dia começa quando eu já estou em contato com O dia há algumas horas...

Tem sido mais ou menos assim: 

Adormeço por volta das três da madrugada – tenho visto, diariamente e há meses, o dia mudar no calendário do meu relógio – o que faz com que eu incorpore um pedaço do hoje ao ontem, fazendo um bocado de confusão, quando vou escrever...

Como durmo pouco, acordo entre as 7 e as 8 horas de um dia com o qual já tenho uma certa intimidade!

É a partir daí que começo a me atualizar (via internet!), pelos jornais, pelos mensageiros eletrônicos e pelas páginas de redes sociais onde existo...


Bem, em geral, tenho começado o dia com tanta notícia ruim, que não consigo ter vontade de comer... acabo fazendo minha primeira refeição do dia (que já não ouso chamar de “café da manhã”) em torno do meio-dia...

Hoje eu acordei especialmente saudosa... com muita vontade de usar minhas asas imaginárias – com as quais protegia meu filho pequeno – para voar por mais de 8 mil quilômetros e simplesmente posar no ombro dele... ficar quietinha, sentindo que hoje sou eu que preciso ser protegida...

A notícia que veio de lá teve em mim um efeito maravilhoso... me renovou... me fortaleceu!!

Em breve, com certeza, vou poder abraçar o meu menino!!

Sim! Tive outra notícia alvissareira hoje! Uma das mudinhas de pinha que distribuí a cerca de um ano está se transformando em uma pinheira de verdade!!