quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Ir e vir... será que é bom de bonde?

 


E hoje é dia de lembrar de um amigo que foi  presença intensa e verdadeira em minha vida. 

Foi em 1977 que ele chegou, com aquele jeito alegre e barulhento. Ficamos amigos desde o primeiro dia. 

Juntos, fizemos muita farra e dançamos muito. Paramos de dançar quanto eu engravidei e minha barriga começou a crescer... ele, com o “jeitinho sútil” que lhe era peculiar, disse que dançar com mulher buchuda era muito ruim... 😢😢

Fiquei sem meu par, mas nem liguei, pois naquela época eu vivia para minha barriga e depois, por cerca de 10 anos, eu vivi quase que exclusivamente para meu filho... 

Godói era exímio dançarino. Era muito disputado no salões, mas eu tinha sua preferência. Houve uma época em que ele ia lá pra casa só pra gente dançar. Ele se gabava de ser “pé de valsa” e atribuía o fato às pernas tortas dele... se comparava a Garrincha... dizia que Garrincha usava as pernas tortas pra ser craque no futebol, como ele fazia nas pistas de dança. 

Quando Erick ia fazer 2 anos, Godói teve um infarto e se afastou do trabalho. Voltou para Recife, mas me deu de presente um comprimido de Isordil – pílula minúscula para ser colocada sob a língua em caso de infarto. Ele recebera dois, quando deixou o hospital, e dividiu comigo, pois sabia que eu temia ter algo parecido e deixar meu filho sem cuidados de mãe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário