quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Conheci um garrafeiro!


Eu, aqui, sigo com minha virose – a rimite – que resiste a tratamentos convencionais... acho que cronificou!

Assim, rimando, vou nadando contra a maré e espero sair fortalecida.

Desconfio que “minha bolha” – como aquelas “bolas de assopro” que vendiam nas festas de rua de minha infância – furou e vai murchar até sua forma original... mais concreta, menos fantasiosa...

Isto até pode ser ruim, mas é muito bom!

Publico aqui uma foto muito triste. Seria este menininho bisneto daqueles garotos que juntavam jornais velhos, latas e garrafas para vender?

Hoje em dia, se eu falar para meus jovens amiguinhos “garrafeiro”, com certeza eles irão imaginar um tipo de estante para colocar garrafas; mas eu conheci a palavras quando vinha associada a um senhor idoso (como eu tinha uns 4 anos, o senhor poderia até mesmo ter 18, para mim, era velhinho!) que tinha uma carroça de burro e saía pelas ruas da pequena capital paraibana, comprando os materiais que citei acima...

Na pré-história de onde eu venho, não havia plástico nem catadores de recicláveis...

Os meninos vendiam aquilo tudo e compravam gibis, que, depois de lidos, eram levados para serem trocados na porta do Rex, antes da matinal do domingo, quando iam assistir a um “faroeste”...

Hoje eu vejo como desde então, já nos idos de 1950, éramos sutilmente trabalhados pela propaganda através da qual o sistema capitalista nos formou!

Bem, a foto me atingiu de modo tão profundo, que travou meu “sistema operacional” – que parece ter atingido o grau final de obsolescência, mas que é o único que ainda consegue rodar no meu “hardware” fora de linha!

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