segunda-feira, 29 de junho de 2009

Carpe diem

Ultimamente se tem usado estas palavras de um modo muito amplo... às vezes até assustador!

Hoje cedo eu vi na TV imagens muito feias de um acidente que acabou repentinamente com quatro vidas muito jovens. O acidente aconteceu na madrugada de ontem, em uma estrada no perímetro urbano de Juazeiro.

Ao ver a cena, pensei no quão frágil é a vida e no quão tênue é a linha que separa a emoção da dor e do nada... Lembrei do instante em que me descobri viva, depois de ter tido o carro batido em novembro de 2007, foi tudo muito rápido... e, no nosso caso, saímos todos ilesos. Lembro que pensei: O que está acontecendo? Preciso ir para casa, Erick já deve ter chegado...

Aqueles meninos, que traziam no carro uma garrafa de vodca, não tiveram tempo de completar seus últimos pensamentos...

Algumas horas depos de ter visto o acidente na TV, recebi uma ligação de uma amiga comunicando que um daqueles meninos era filho de uma colega de trabalho da Petrobras. Uma menina que conheci quando ela ainda era estudante e estagiava conosco e que depois, já próximo à minha aposentadoria, veio a ser minha companheira de equipe.

As lágrimas que derramei ao pensar na dor dela, com certeza, não podem dar a dimensão daquela dor.

Lembro de como foi doloroso para minha mãe a separação definitiva de seu filho adolescente. Foi muito duro para todos nós, enfrentar a falta de Martinho, mas para mamãe a dor, com certeza era mais profunda, partia do útero...

Não quero falar da morte de Martinho ainda, gostaria de lançar minhas memórias de um modo mais próximo da cronologia real...

Acho que hoje não surgirá nada mais ameno para postar. A não ser uma foto de meu irmão menos parecido com os outros e que teve tão pouco tempo para aproveitar a vida.

3 comentários:

  1. Carmencita,

    Eu também chorei muito com a vendedora de fósforo, por isto não deixei a Tainá chegar perto...Estou adorando seus textos. Já vislumbro-os em livro de crônicas. Beijos...Safira
    PS - Semana passada veio aqui uma companhia de teatro francesa e que passou uns filmes mudos com orquesta. O filme? A vendedora de fósforos.

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  2. A palavra orquestra saiu errada (aí vai a errata)

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  3. Safira!!
    Menina, que honra te ter aqui, viu?
    E que bom que você gostou... e nem perguntou sobre a Tutica... falarei dela em breve!! ;-)
    Beijo!!

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