terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Preparando o Natal

Considero que comecei hoje a preparar o Natal aqui de casa...

Não haverá uma grande festa, mas espero passar a data com meu filho, que está com chegada prevista para o fim da tarde do dia 22 (e tomara que a greve dos aeroviários e aeronautas não estrague os nossos planos!!).

Hoje à tarde eu fui comprar lembrancinhas para duas garotas que cuidam de mim: minha podóloga e minha fisioterapeuta. Por incrível que pareça, não havia engarrafamento até a chegada ao shopping e ainda foi bem fácil encontrar uma vaga no estacionamento coberto... Claro que não fui a nenhum dos maiores shoppings da cidade, mas fiquei satisfeita com minhas compras!!

Quando cheguei em casa, coloquei na porta a guirlanda que a enfeita há 3 Natais... Pronto, que o espírito natalino seja bem-vindo!!

Aliás, o espírito do Natal que conheci na infância era bem diferente...

Lá em casa não havia a tradição da troca de presentes... O único Natal que lembro de ter encontrado um presente embaixo da cama, foi o de 1958 (ou seria 1959??), quando ganhei a minha segunda boneca... (talvez eu já tenha comentado anteriormente: naquele Natal, Felipe e Fernando também ganharam presentes... cada um, um caminhãozinho baú de lata carregado de biscoitos Pilar... Eu fiquei mais encantada com o presente deles do que com o meu...

O Natal, lá em casa, era época de montar a lapinha, de comprar as peças que haviam sido danificadas enquanto estavam armazenadas, de fazer a manjedoura onde ficaria o Menino Jesus e de montar a árvore de Natal (a nossa era linda, feita de penas tingidas de verde escuro e tinha dois estágios, podendo ser armada em tamanho menor ou maior...) com as bolas de aljôfar que mamãe guardava com muito carinho.

Era uma decoração muito simples, sem festões, sem laços vermelhos... Mas às vezes papai colocava um pisca-pisca colorido na nossa arvorezinha...

Também não tenho grandes lembranças do que comíamos no Natal... Lembro que papai comprava um peru na feira, meses antes do Natal, pois era preciso cevar o bicho antes de matar,,, (e tome-lhe comida empurrada goela abaixo... probrezinho!!)

Lembro que papai comprava queijo do reino, passas (que mamãe adorava e eu detestava!), ameixas secas, bombons Sonhos de Valsa (outra paixão de mamãe, mas essa eu herdei!!) biscoitos Duchen (em latas decoradas muito bonitas) e outros gêneros que não me chamavam a atenção...

Papai costumava abastecer nossa despensa em um armazém que ficava na parte baixa do comércio de João Pessoa (como era lá que funcionava a zona de meretrício da cidade, nunca íamos com ele...) e que mandava, na época do Natal, uma cesta cheia de itens que nunca ou apenas muito raramente apareciam em nossa mesa (engraçado que entre esses itens estavam as salsichas e a goiabada em lata, que, mais tarde, sofreram uma inversão de valores, perdendo a sofisticação que eu lhes atribuía...)

Sim... Natal era dia da Missa do Galo, que não aparecia, mas que estava na lapinha...

Não lembro de ter esperado Papai Noel... nunca me falaram que ele viria lá em casa de trenó (eu não saberia o que era um trenó!) e me traria presentes feitos por duendes (eu também não havia ouvido falar em duendes...)

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