domingo, 22 de novembro de 2009

Cuidando de mim, sem descuidar de você...

Doente. Gripada... Não sei de onde me apareceu tudo isso, mas desde ontem comecei com uma tosse seca e irritante, que não passava... Além disso, minha cabeça doía, não intensa, mas constantemente. Como ando evitando a automedicação, aguentei firme e dormi com aqueles sintomas incômodos.
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Hoje eu acordei meio sem voz, tossindo bastante e me sentindo realmente gripada. Tive que cancelar minha visita de retorno à exposição de Sophie Calle, que está aqui, no MAM, até hoje...
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A exposição é chamada Cuide de Você e é o que resolvi fazer hoje... cuidar melhor de mim, para curar a gripe e poder voltar à normalidade o mais rápido possível.
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O motivo central da exposição de Sophie é uma carta de desamor que ela recebeu do namorado. Sem conseguir entender direito a carta e todos os seus significados, ela resolve pedir ajuda a 107 outras mulheres. Eu gostaria de ter visitado a exposição com mais tempo e de ter, eu mesma, refletido um pouco mais sobre o tema: a rejeição...
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Para mim, esse não é, de modo algum, um tema novo. Conheço bem a sensação de ser rejeitada e, mesmo sabendo que ainda passarei por novas experiências de abandono, sei que nunca conseguirei agir naturalmente frente a elas.
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De todas as rejeições que experenciei, a mais cruel foi praticada por um menininho de pouco mais de um ano. Claro que ele apenas reagiu a uma situação em que se achou abandonado, mas todo o sofrimento que passamos, juntos e separados, me marcou para sempre.
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Eu não costumo ter arrependimentos, mas se me fosse possível voltar ao tempo em que deixei Erick em João Pessoa e voltei para Salvador sozinha porque não conseguira fazer minhas férias coincidirem com as férias coletivas da creche em que ele passava seus dias, eu haveria de encontrar outra solução para o problema...
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Tudo aconteceu depois de uma temporada em que passamos o natal em Maceió, com boa parte da família e fomos para João Pessoa, onde comemoramos seu primeiro aniversário, já que em novembro só havíamos tido aquele "bolinho" com os amigos mais próximos, aqui de Salvador...
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Sinto que fui a responsável pelo primeiro grande sofrimento emocional dele, que deve ter pensado que eu o abandonara com Odinete e que só apareceria ali esporadicamente... A reação que teve, foi de rejeição total àquela mãe desnaturada...
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Nosso sofrimento foi muito intenso e a reconquista lenta e dolorosa... Acho que depois daquele episódio, até que ele fosse grandinho e entendesse minhas razões, nunca mais nos separamos!
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Ele sempre passou as férias na casa dos padrinhos, mas sempre teve certeza de que voltaria para casa que tinha uma mãe... exatamente a que ele escolhera, já que uma amiga espírita me falou que são os filhos que escolhem os pais...

2 comentários:

  1. Pq mãe sempre carrega alguma sensação de que não fez tudo certo em? Eu tive uma gravidez dificilima do Guto,o Junior de 1 ano e o pai embarcado. Deus sabe o q passei p manter o Guto na barriga, deixando praticamente o Jr nas mãos de uma babá. O Guto nasceu na hora certa com saúde e muito lindo. Uma alegria...um alivio! E como passei 7 meses na cama por ele, resolvi dar mais assistencia ao Jr, p compensar o tempo q nem conseguia pegar ele no braço. Fiz isso, ciente q estava fazendo o melhor. Resultado: até hoje os dois se degladiam pq eu deveria ter dado atenção em tempo integral aos dois!! E a disputa continua...
    O Erick entendeu seus motivos...os meus, não!!

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  2. Menina, eu sempre achei que a tarefa de ser mãe era difícil demais para mim...
    Mas acho que mais cedo ou mais tarde, nem que seja qdo forem pais, nossos filhos acabam entendendo que só queríamos fazer o melhor...
    Eu fui uma das revoltadas com a pouca atenção que recebia de meus pais, mas, graças a Deus, pude entender suas razões ainda a tempo de conversar sobre o assunto com eles!
    Bj!

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