quarta-feira, 21 de julho de 2021

Os sentidos sem sentido

Eu sinto e sinto muito!

Nem sei exatamente com meus sentidos interagem, mas desconfio que os cinco atuam como um time de basquete. Também não sei direito como funciona um time de basquete “de verdade” – apesar de ser mãe de um jogador meio aposentado e grande fã do esporte. Gosto, não exatamente do esporte que desconheço, mas da brincadeira que praticava na infância. E gosto do fato de poder ser, de algum modo, praticado na solidão... vejo esta prática como um treino...

Não sou muito afeita a regras... por um problema de cognição, elas me confundem e eu – sem conseguir cumpri-las adequadamente, apesar de todo o meu empenho – acabo frustrada sempre que tento participar de qualquer atividade complexa e que tenha muita regras para serem observadas.

Digressão à parte, sei que em todo esporte tem um jogador que funciona em posição de destaque no time... uma espécie de capitão, que desconfio que no basquete tenha outro nome... 

Bem, no time dos meus sentidos, quem faz este papel é a VISÃO! Sem enxergar direito, não consigo sequer raciocinar... é horrível! 

Tenho traumas de infância associados à brincadeira de cabra-cega (que, se não me falha a memória, a gente chamava de “cobra-cega”)! A AUDIÇÃO  funciona como auxiliar fundamental, no meu time, mas acho que, sozinha, não consegue dar conta de me fazer um ser pensante e lúcido... Meus outros sentidos são importantes, mas agem mais como suporte... 

Morro de medo da cegueira! Principalmente porque, este meu singelo time é muito obediente ao seu treinador... minha INTUIÇÃO, sexto jogador, que teima em invadir a quadra e jogar pelos outros. 

Excluindo minhas atividades profissionais – que deixei há muito tempo – nunca fui versada em nenhuma das coisas que faço. Ajo sempre por intuição e luto para domesticar, ou educar convenientemente, este ser animalesco que habita meu corpo. 

Sim, mas por que despejar este monte de miolo de pote aqui? 

Acho que tem a ver com os sonhos que tive na última noite passada... sonhei com Luciano, que era a pessoa com quem eu dividia toda a minha maluquice, sem reserva alguma – escrevi para ele porra! 

Ele dizia que se a gente quisesse acabar com os sonhos, era só dormir... e a gente gastou muitas horas ao telefone falando sobre isto... agora que ele foi dormir por mais tempo, me resta falar ao vento, sem esperar resposta alguma.


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