sábado, 17 de julho de 2021

Assistência, às vezes, me assusta!

Ouvi recentemente – de uma pessoa que admiro e respeito muito – que só se deve escrever quando se tem algo a dizer.

Acho a colocação perfeita! E por isso que não escrevo... como nada tenho a dizer, me limito a postar besteiras por aqui... 

Faço isto como exercício contra o Alzheimer – que costuma espreitar quem teima em continuar respirando sem a ajuda de aparelhos mesmo tendo (quase) completado os dez setênios da existência humana já estudados – e para aliviar um cérebro congestionado da lembranças, que podem vir a atrapalhar os compromissos que ainda teimo em assumir.

Bem, há pouco tempo – para atender à execução um destes compromissos – me foi oferecida uma “assistência”... 

Inevitavelmente – para a pirralha que mora em mim e vive me atazanando o juízo, mas que tem sido minha melhor companhia, neste isolamento que me foi imposto – me veio à mente, e não quer sair de lá!, a imagem que reproduzo aqui...

Menina pequena – morando no centro de uma capital também muito pequena (mas uma capital!) e relativamente próximo ao “prontossocorro”, eu costumava ver passar a assistência na rua onde morava... 

Não encontrei nenhuma foto mais fiel à minha lembrança... mas esta se aproxima bastante: era um carro todo branco e de formas arredondados – eu achava muito parecido com a geladeira lá de casa... a diferença era a sirene vermelha e barulhenta em cima da assistência... em cima da geladeira a gente tinha um pinguim de louça mudo – que transportava doente graves... (na época, eu rezava uma “ave-maria” pra ajudar a salvar os doentes!)

Bem, faz muito tempo que não rezo... espero só que a assistência  que me foi oferecida seja do tipo que escuta o paciente e não tenta “salvar o peixe que está se afogando no aquário”!

Nenhum comentário:

Postar um comentário