segunda-feira, 7 de junho de 2021

O tempo é rápido!! Cenários, e as cenas, mudam na mesma velocidade!

Quando retomei meu este meu blogue, encontrei aqui postagens pendentes de publicação... esta é uma delas... deveria ter sido publicada em agosto/2012...

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Pois é... eu não consigo acompanhar "a pisada" deste tempo maluco... 
Parece que foi ontem que publiquei algo aqui, mas já se passaram alguns meses... 
Bem... Tenho novidades: 
estou tentando voltar a João Pessoa, num processo de retorno às raízes mais primitivas de que tenho registro na memória...
(de Campina Grande, de minha vida por lá, não guardei lembrança alguma!!)


Hoje pela manhã, depois de passados vários dias sem ter tal oportunidade ou sem ter a disposição necessária, fui caminhar à beira-mar... 

O passeio foi exatamente pelo caminho que percorria com frequência em minha meninice praieira... 
Apesar de ser o mesmo, o caminho está muito mudado...

Não encontrei sequer uma conchinha perdida na areia...

Vi uma dupla de pescadores usando uma pequena rede nas proximidades da "gameleira", mas não havia ninguém esperando por eles à beira-mar, não vi nenhum samburá a postos para receber os peixes que viriam na rede, que, por sinal, era muito pequena... 

Lembro que quando víamos pescadores com suas redes no mar (sempre na maré baixa, ficávamos ansiosos esperando que chegassem à beira-mar, fizessem a coleta dos peixes que os interessava e depois liberassem o amontoado de sargaço onde nós fazíamos a nossa “pesca”... 

Recolhíamos pequenos peixes – que para nós eram, genericamente, piabinhas – e, eventualmente, um ou outro camarãozinho... voltávamos para casa felizes com o resultado do passeio e prontos para prepararmos uma refeição ao nosso jeito...

A gente chamava a nossa “arte culinária” – vista pelos adultos como traquinagem – de  “cozinhado”... raramente usávamos o fogão de casa para nossa produção... às vezes, conseguíamos usar um fogareiro de barro, que ficava meio esquecido pelo quintal e só era usado, basicamente, para se assar espigas de milho na brasa... e às vezes improvisávamos uma “trempe” com pedras e resolvíamos a situação... os acidentes eram sempre cuidadosamente ocultados dos adultos, para que não viessem proibições...

Quantas vezes as piabinhas catadas no sargaço que os pescadores deixavam na beira-mar foram por mim transformadas em pratos da mais fina culinária infantil! 

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