quarta-feira, 9 de junho de 2021

O mundo é um moinho...

Sim, eu sempre achei mesmo que estava dentro de algo imenso que nunca para de girar...

Quando menina, eu mesma adorava rodar... e rodava até ficar tonta e cair... era algo que me trazia muito conforto!

Mas, nem sempre a sensação de giro me é amigável... lembro de quando experimentei tragar um cigarro diferente dos que eu costumava usar – sim! durante um tempo eu fui fumante... ainda que nunca tenha feito do cigarro um vício (o que fez com que eu parasse de fumar sem problemas, quando engravidei!)... 

Aquele cigarrinho me deixou tonta e enjoada... eu me senti como se fosse um eixo em torno do qual o mundo girava e me comprimia... detestei a sensação!

Agora... um moinho de vento, ou mesmo um moinho d’água são giros que me inspiram de modo positivo... são movimentos giratórios que geram energia... em mim, geram vontade de mudar... de transformar nem sei o quê... de buscar sentido na vida... buscar a evolução (que para mim é apenas o movimento!) ou mesmo fazer alguma coisa que ajude a construir a Revolução...

Ao longo destes anos que fiquei afastada deste espaço, minha vida seguiu girando... às vezes, ao sabor dos ventos... às vezes, levada pela corrente...

Minha experiência de voltar a Jampa serviu para eu concluir que, para mim, “Jampa não havia mais”...

Pressionada pelos acontecimentos da vida política do País e, principalmente, movida por muita insatisfação e uma enorme revolta em assistir o avanço constante do projeto de entrega do País ao capital estrangeiro, voltei à militância... 

Uma volta tímida e muito incerta, diante de minha insegurança e da impotência – fruto de minha deficiência teórica e da limitada experiência. 

Uma volta sem volta, ainda que bastante impactante, pois sinto que preciso me esforçar muito para obter algum êxito na empreitada...

Volto a me sentir como aquela criança que tinha muito medo de roda-gigante...um medo tão grande, que a levava a enfrentar a maior delas, no parque de diversões que montavam ao redor da Catedral, em Jampa, durante a Festa das Neves...

O medo, como o vento e a água, parece que também é capaz de gerar energia e provocar movimentos...

Cabe a mim, e só a mim!, garantir que sejam movimentos bem direcionados!



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