segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entre a doçura e o aperto

Segunda-feira, dia de cair na real: faltam nove dias para o SEPESQ, minha apresentação será logo no primeiro horário (8:00h) e o texto ainda não está pronto; as inscrições para a seleção para o Mestrado estão abertas durante o mês inteiro e eu preciso fazer o anteprojeto; o semestre está acabando e preciso escrever a monografia da disciplina que estou cursando...
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As três atividades acima são, ou deveriam ser, minhas prioridades, mas ando sem inspiração...
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Por enquanto vou escrevendo minha bobagens aqui...
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Com a onda de euforia gerada pela escolha do rio como sede das Olipíadas de 2016, me surgiram algumas lembranças olímpicas...
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Lembrei de uma coleção de figurinhas sobre os esportes olímpicos que saiu nas embalagens do "chiclete-bola" Ping Pong... Em cada unidade, vinha o boneco Bolão representando um atleta de um esporte diferente... foi ali que aprendi que existiam esportes como "canoagem" e "turfe"... Antes do advento da TV, o chiclete também já foi fonte de cultura para algumas crianças! ;-)
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A lembrança pode ser dividida em várias... e provavelmente me perderei entre os pedacinhos dela...
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Primeiro, lembro daquele chiclete cor-de-rosa (tutti frutti, um sabor horroroso!) ou verde (hortelã, meu preferido...) sempre com aquela cor meio esbranquiçada, como se tivesse sido polvilhado com goma... afinal, era "goma de mascar"... Como eu achava aquela goma muito grande, às vezes mascava apenas a metade, dividindo irmamente a guloseima com um dos "meninos"...
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Lá em casa, o uso daquilo era condenado... lembro que só muito raramente eu usava um daqueles, e nunca me era oferecido pelos meus pais... Mamãe dizia que era muito perigoso mascar chiclete (e, de acordo com fatos que vi recentemente, parece que pode ser mesmo...).
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Nem mesmo os que não faziam bolas (os da caixinha amarela!) nossos pais nos davam, apesar mamãe sempre nos comprar balas (principalmente umas de mel, outras de menta e as gasosas, além de umas compridinhas de frutas... todas deliciosas!) numa loja maravilhosa que havia na ladeira que leva para o comércio... (gente, esqueço os nomes das ruas de João Pessoa com muita facilidade... são muitos nomes de homens estranhos!)
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Os chicletes a gente comprava meio escondido, com os trocados que recebia de "mesada"...
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Não tenho certeza se eu recebia mesada como meus irmãos... Acho que depois de muito "encher o saco" de papai ele começou a me dar um dinheirinho também... "Os meninos" é que tinham sorte: além de ganhar mesada de papai, ainda recebiam dinheiro de presente de vovó Xixica e de tia Lilia, quando elas iam lá em casa
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Para mim, levavam peças de "bico para enfeitar as calcinhas"... Pra que diabos eu queria bico ou calcinha enfeitada de bico??!! Acreditem... eu tinha tantas peças de bico, que se as usasse para o fim ao qual seriam destinadas, até hoje eu usaria calcinhas "bunda-rica"... Mas um dia, já grandinha, vendi algumas daquelas peças a minha irmã... Se bem que nunca vi nenhuma calcinha dela enfeitada com aqueles bicos!!
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Aliás, a roupa íntima de minha irmã era muito diferente da minha... suas calças ajudavam a modelar o corpo, mesmo sendo de algodão, sem elástico algum. Nunca cheguei a usar lingerie daquele tipo... quando cresci, a malha e as calcinhas compradas prontas já haviam dominado o mercado...
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Não usei aquelas calças, que tinham cós reforçado e eram ajustadas ao corpo com pequenos botões e nem usei "califon"... quando ganhei meu primeiro sutiã, já era esse o nome da peça... que eu sempre abominei!
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Foi quando Paulinho nasceu, que descobriram que meus seios já cabiam em um sutiã "menina-moça" e me compraram um na Alagoana... Até que era bem bonitinho e, no começo, eu queria usar o tempo todo, até para dormir... Depois passei a me sentir amarrada por aquilo e comecei a me rebelar contra seu uso... Ao lado, um "modelito" que devia torturar bastante... desses "pontudos" eu não cheguei a usar!! ;-)
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Bem, mascar um Ping Pong, sem nunca ter conseguido fazer uma bola "decente", acabou me levando para bem longe do assunto que eu pensei abordar hoje... (alguma novidade nisso?) ;-)
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Só me resta tentar me concentrar nos textos que preciso escrever!

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