sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Viajando em barquinhos de papel

A aula foi boa... parece que todos gostaram... Seria ótimo se toda classe fosse de, no máximo 12 pessoas!! ;-)
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O tempo melhorou, o sol apareceu e parece que nosso "encontro" com Diogo vai ser ótimo!!
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Lá no Rio, as pessoas comemoram a escolha da cidade como sede das Olipíadas de 2016... que bom!! Espero que o evento seja um sucesso e que um dia possamos ver tanta coesão e tanta emoção motivadas por motivos, se não mais nobres, pelo menos menos individualistas...
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Aliás, eu nem posso criticar o individualismo alheio... Fico aqui tão concentrada em mim mesma... E sem culpa ou vontade de falar de coisas que não estejam diretamente ligadas a mim...
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Como o barquinho de papel que vi na TV hoje... Gente... tenho visto muita coisa na TV... deve ter algo errado comigo, né não? ;-)
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Bem, na verdade, eu escuto a TV muito mais do que presto atenção às imagens que ela insiste em me mostrar... Principalmente na hora dos telejornais, cujas imagens, em geral, são bastante deprimentes...
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Mas hoje eu vi uma cena que me chamou a atenção... acho que foi em uma pista de corrida de Fórmula Um... Chovia muito, a pista estava alagada e alguém fez um barquinho de papel e colocou para navegar no "rio" que se formara ali... Infelizmente, logo apareceu um homem fardado que retirou o barquinho, o amassou sem piedade e levou para o lixo...
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Homens de fardas, muitas vezes, são terrivelmente cruéis com tudo que pode (ainda que nem sempre deva...) ser amassado!
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Quando criança, eu adorava fazer brinquedinhos de papel... até hoje eu gosto! Vez por outra me pego fazendo "estrelas de xerife" com remalinas de formulários contínuos que me caem nas mãos...
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Meus irmãos faziam aviõezinhos lindos, que voavam que era uma beleza, enquanto os meus sempre caíam de bico a poucos metros de onde eu os jogava... não sei se o problema era de fabricação ou de utilização, mas sei que sempre fui uma "aeronauta" incompetente...
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Em compensação, meus barquinhos sempre foram muito bem-acabados (às vezes eu até os coloria) e resistentes... Lembro que colocava barquinhos para navegar na água que se acumulava na sarjeta, quando moravámos em Recife... Eles acabavam afundando depois de se chocarem com enormes oitis que sempre caíam sob a chuva... Mas conseguiam fazer viagens relativamente longas, antes dos naufrágios...
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Já adulta, na época da Universidade, um dia fui passear pelo Capiberibe com meus colegas numa "lancha coletivo" da CTU... Era um passeio turístico, apesar de bem mais modesto que os atuais roteiros que lá são feitos de catamarã (e que eu adoro!)... não sei se aquelas lanchas funcionaram por muito tempo...
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Naquele dia, estávamos meio cansados de estudar para alguma prova... Estávamos estudando lá no apartamento em que eu morava, que ficava perto do rio, e o passeio de lancha era novidade... resolvemos nos dar um recreio, largamos o estudo e fomos passear!
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A lancha estava quase vazia, éramos praticamente os únicos passageiros e pudemos brincar como crianças... lembro que várias páginas do caderno que eu levava viraram barquinhos que navegaram ao lado da lancha (não imagino a razão de ter levado o caderno... será que houve alguma intenção implícita e inconsciente?)... Dentro de cada um deles, eu depositei um sonho... um desejo... Lembro que desejei que nossa amizade não acabasse afundando como aqueles barquinhos frágeis...
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Acho que aquela mágica funcionou! Até hoje mantenho contato com meus colegas de faculdade, em especial com as meninas... Não sei exatamente todos que estavam comigo naquela tarde, mas lembro da companhia de Graça... será que ela lembra?

2 comentários:

  1. Menina...vc me fez chorar de emoção com esses barquinhos de papel...as suas lembranças de certa forma,parecem com as minhas e acabo viajando nelas...bjins

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