quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Festa das Neves

Hoje foi um dia muito bom para mim...
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Acordei sem pressa e demorei quase duas horas para terminar o café da manhã...
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Perdi o controle do tempo (aliás, hoje eu me perdi do tempo!) e não desci para a esteira, mas aproveitei para fazer alongamentos e tomar um banho mais demorado (sem ficar horas embaixo do chuveiro, pois sou defensora do uso racional da água, mas usando esfoliante e hidratante, coisa que em geral evito, por preguiça!).
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Fui almoçar com amigas mais jovens, que ainda estão "na ativa", na Petrobras. Como elas tinham que retornar ao trabalho, foram duas horas muito agradáveis em que devo ter falado bem mais do que comido (pelo menos espero ter feito isso, pois ontem constatei que os quitutes, especialmente as sobremesas, portugueses do Pestana, associados à falta de tempo para a atividade física, no período do Congresso, me devolveram dois dos cinco quilos que eu havia deixado sei-lá-onde...).
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Almoço esse que vinha sendo programado desde abril, seria nossa comemoração da minha formatura. Para variar, apesar de ter levado a câmera para registrar o encontro, esqueci de usá-la e não tenho foto do evento que foi uma ótima maneira de passar duas das últimas horas de espera pela chegada de Erick! Por sinal, o voo dele acabou chegando meia hora antes do horário previsto... Eu consegui saber que assim seria (pelo site da Infraero) e "voei" ao encontro dele! Aí sim... consegui chagar a tempo de fotografar o pouso do avião que trazia "os três mosqueteiros" de volta ao lar...
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Os três chegaram muito cansados, mais felizes com a breve aventura... Eu fico muito feliz, pois a amizade desses meninos vem desde o colégio e se mantém apesar da separação provocada pelas diferentes escolhas profissionais.
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A alegria de ter preenchido o vazio que havia aqui em casa é tão grande quanto era o próprio vazio!
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Bem, minha intenção hoje era de falar um pouco sobre a Festa das Neves... afinal, hoje é o dia de Nossa Senhora das Neves, padroeira de João Pessoa... E hoje também é o dia do aniversário daquela terrinha que me é tão querida!
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Época de festa das Neves era muito importante para todo pessoense dos anos 50-70... Não sei se ainda existe a desta hoje em dia... A última vez que a frequentei, eu ainda não era mãe... deve ter sido há 26 anos... meu sobrinho Darci devia ter pouco mais de um aninho... Lembro que passeamos de roda-gigante, apesar do medo de sua mãe...
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Aliás, um dos sinônimos de Festa das Neves sempre foi roda-gigante! E eu "rodava" em várias delas... tinha medo (que pessoa medrosa!!) de ir em todas, mas ia... tinha que enfrentar meu medo! Mas, quando eu era bem pequena, existiam outros sinônimos para aquela festa: roupa nova (que também era sinônimo de Natal, mas que combinava mais com Festa das Neves), carrocel de cavalinhos, "bola de soprar" (havia umas em forma de careta, com um narigão vermelho muito lindo. Eu adoraria ganhar uma daquelas, mas acho que as minhas eram sempre das mais convencionais... no máximo, conseguia ganhar uma meio parecida com uma salsicha...), cachorro-quente, "pescaria", "tiro-ao-alvo" (esse era só para "os meninos")...
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Mamãe gostava de jogar algo parecido com roleta, que havia em umas barraquinhas por lá... Ela também falava sempre sobre o "pavilhão das Voluntárias", mas eu não lembro de ter jamais entrado naquele espaço meio reservado da festa... bem como também não lembro de ter ido até o lado da "bagaceira" (que era onde se vendiam bebidas alcoólicas. Lembro de ouvir falar que Sóstenes andava por lá...). Engraçado como mesmo sendo uma "festa de rua" era tão "departamentalizada"...
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Aqui em Salvador, uma festa daquelas seria "festa de largo", como vim a conhecer anos depois, mas nessas a "bagaceira" era a "área nobre" e bem mais extensa da festa...
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Ir à Festas das Neves com mamãe incluía sempre uma visita à Catedral... Mais tarde, já fui encarregada de levar Paulinho para a festa, que já havia sido transferida para a Lagoa e já começava e perder o "jeitão" de quermesse de igreja... Foi numa dessas, acho que em 1970, que desci (morrendo de medo) em um tobogã com Paulo, pela primeira e última vez! Outra coisa que também fiz uma única vez em uma Festa das Neves foi comer uma "maçã-do-amor"... depois de comê-la vomitei tinta vermelha a noite inteira e nunca mais achei bonitas aquelas maçãs tingidas!
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Mais tarde, já mãe, tive que voltar a fazer coisas temerárias para satisfazer desejos de Erick... Subi com ele em um teleférico assustador em Campos de Jordão (ele tinha que ir no meu colo, pois só tinha 6 anos, mas mal cabíamos naquela cadeirinha minúscula!); desci em toboágua em Aracaju e mais tarde em uns outros, mais sofisticados, na Disney; também aí fui em alguns outros brinquedos assustadores (não vejo a menor graça nesse tipo de "diversão"...), mas, felizmente, consegui evitar as montanhas-russas!

2 comentários:

  1. Gostei desse relato, Carmem. Ele me fez ir de volta a minha infância. Você, como já imaginava, escreve muito bem. Enquanto os bons jogadores têm o coração na ponta da chuteira, você tem o coração na ponta da caneta, ou melhor, na ponta dos dedos. Parabéns, minha querida.

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  2. Alberto, fiquei emocionada com seu comentário, viu?
    Quanto a ter o coração na ponta dos dedos (dos dois que uso para teclar!) é verdade... não sou eu que escrevo... é ele!
    Obrigada!
    Beijão!

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