terça-feira, 29 de setembro de 2009

De pés no chão!

Ontem eu estive na universidade para tentar conseguir a documentação que a Petrobras acha suficiente para provar que Erick é universitário e que tem, portanto, direito a continuar como meu dependente na AMS.
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Gente, essa novela tem me tirado do sério... hoje teve mais um capítulo, mas nem vou comentar, para não aumentar minha raiva e meu nível de estresse...
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Prefiro falar dos encontros que tive ontem à tarde, na faculdade, enquanto aguardava para ser atendida na Secretaria Geral de Cursos. Como encontrei minhas coleguinhas "na hora do recreio", conversamos muito "miolo de pote"... ;-)
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Da admiração ao sapatinho bonito, mas muito pequeno para um pé como o meu (número 38!), usado por Verônica, passamos a falar sobre calçados em geral. Eu lembrei logo que meus pés adoram estar descalços... um vício que eles adquiriram quando ainda eram obrigados a usar meias soquete com sapatos tipo "boneca"...
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Aqueles sapatos eu adotei como meus com meus prediletos para sempre! Com ligeiras modificações, é o calçado do meu dia-a-dia. Mas as meias eu dispensei tão logo deixaram de me ser cobradas.
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Uma das grandes vantagens de ter vivido boa parte da infância na praia é ter crescido com os pés (literalmente) no chão! Não lembro direito, mas acho que nunca usava chinelos em casa... (na foto ao lado, meus "pezinhos" para cima. na praia do Gunga, em Alagoas)
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Nas minhas lembranças, meu primeiro chinelo foi uma "japonesa" (engraçado como elas mudaram de nacionalidade e hoje são "havaianas"...) vermelha, mas eu já era grandinha.. talvez já tivesse atingido uma idade de dois dígitos! Antes delas, lembro que gostava de usar meus sapatos como chinelos (lá em casa, esse uso era chamado "achichelar os sapatos" e era muito coibido!), quando não dava para estar descalça...
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Bem, viver sem sapatos era muito bom, mas trazia alguns contratempos...
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Quando a gente morava no Gonçalo, um dos lugares prediletos para brincarmos era a "igrejinha", uma capela abandonada que havia na nossa rua, pouco antes do início da "mata". Acontece que o local também era muito usado pelas cabras da vizinhança (que deixavam o chão coberto de cocô... um cocozinho muito bonitinho, bem parecido com as "olivas" que colhíamos no convento dos capuchinhos, no Cabo Branco...
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Na foto acima, a setinha vermelha aponta para a nossa casa... a cruzinha amarela marca a "igrejinha", era 1957 e nossa "mata" já começava a dar lugar ao enorme loteamento que hoje é Manaíra...

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Mais raramente, a vaca Boneca e sua companheiras também iam àquela igrejinha e deixavam suas marcas fecais (essas nem um pouco bonitas!)... Bem, nós éramos mesmo moleques do mato e não nos importávamos muito se o ambiente estava limpo!
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Ao lado da igrejinha, havia muitas fruteiras. Era a "antessala" da nossa deliciosa mata de cajus e araçás! Passei muitas tardes por ali...
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E ali eu conheci aquelas enormes "formigas de roça", cujas "mordidas" pareciam querer arrancar pedaços de nossos corpinhos; as terríveis "lagartas de fogo", que eu achava lindas, mesmo conhecendo a dor que causavam; e os "bichos de pé"... esses eram meus grandes inimigos ali!
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Acho que não se passava uma semana sem que mamãe tivesse que fazer uma "operação" em um de nós, para extrair aqueles bichinhos que adoravam morar em nossas unhas dos pés...
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Como papai sabia que certamente teríamos contraído alguns vermes por ali, nos dava um "purgante" enjoativo para beber, vez por outra... eu detestava beber aquilo, mas não havia como escapar!!

2 comentários:

  1. Bichos de pé? Taí outra semelhança com a minha vidinha no Poço...a terra negra das carvoarias, os pés no chão sempre e subindo nas árvores para pegar araçá ou cajú...as "operações" e os purgantes idem, minha querida!!!

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  2. O pior é que não aprendi a fazer as operações...
    Um dia, a filha de um amigo meu´(colega de trabalho), que gostava muito de mim, pegou um bicho de pé. Ela disse que só quem podia mexer no pezinho dela era eu e um amigo nosso... Pense no sufoco!! Nossa amigo teve que fazer tudo sozinho, enquanto eu fazia palhaçada para distrair a menina! ;-)

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