sábado, 12 de setembro de 2009

Remexendo baús

Durante o período em que estive em João Pessoa, pude conversar muito com meus irmãos sobre os costumes "lá de casa"... Eu, particularmente, senti vontade de rever objetos que me eram familiares na infância...

Em um dos meus passeios por lá, encontrei em um shopping uma canga indiana que não pude deixar de comprar... ela guarda uma semelhança enorme com um tecido que mamãe guardava entre suas preciosidades e que me atraía terrivelmente. Era um tecido de algodão fino (como minha canga), de fundo bege e com uma estampa floral muito colorida (também como minha canga!).

Mamãe dizia que aquele pano havia sido outrora, uma fantasia que ela usara em um carnaval em Santa Luzia. Eu sonhava em também poder usar uma saia linda como aquela, mas só podia admirar o tecido... Maria Sônia disse que brincou muito com ele. Eu não tive essa liberdade. O conteúdo daquele baú vermelho me convidava todos os dias a ser remexido (lá também ficavam as "camisolas de batizado", que havíamos usado e que também eram muito lindas!), mas a ordem materna contrariava tal convite...

Comprei minha canga (cuja cor predominante é o azul, e não o bege...), que será transformada em saia ainda este mês!

Há algum tempo eu não toco na minha máquina de costura, mas essa sempre foi uma atividade que me deu muito prazer. Quando eu era estudante de engenharia, costumava costurar quase toda minha roupa (costurei inclusive o vestido que usei na colação de grau!). Para isso, eu comprava revistas que traziam moldes e "metia a cara"...

Nunca fiz curso de corte e costura. Esse foi outro assunto que conversei com Maria Sônia... Ela foi educada para o casamento, para ser dona de casa... Cursou o "pedagógico" e ao sair dele foi encaminhada a cursos de costura, trabalhos manuais, datilografia... Eu nunca fiz esses cursos! Mas costurava com a ajuda de um tal de Gil Brandão, que desenhava os moldes para a revista que eu usava...

Conversando com Maria Sônia, ela lembrou que mamãe comprava uma revista de moda chamada Fon-Fon (acho que o nome é mais adequado a revista automobilística, mais especificamente, de colecionadores carros velhos!)... eu também lembro dessa revista! Pude encontrá-la, com a ajuda do meu grande aliado Google, em um blog muito legal onde, inclusive, constatar que aquele Gil Brandão já desenhava vestidos desde a minha infância, ou mesmo antes dela. O endereço do blog é: http://revistaantigaportuguesa.blogspot.com/search/label/Fon%20Fon

Gente... ali eu vi vestidos bem parecidos com os que eu lembro ter usado!! Acho que eram costurados por Maria Augusta e, quando era o caso, bordados por mamãe... Quando menina, meus vestidos sempre eram franzidos na cintura e tinham laços nas costas... eu só não usava as tranças... acho que meus cabelos nunca desceram abaixo dos ombros...

2 comentários:

  1. Lembro do Gil Brandão pq eu tinha uma tia q era costureira de primeira, mas infelizmente morava em Cabedêlo, uma viagem enorme p chegar até lá, de marinete ou de trem.Mais tarde, ficando grandinha e vendo os modelitos das meninas das Lourdinnas que eu achava muito chic, resolvi fazer um curso de corte e costura e botei as minhas perninhas p trabalhar na máquina de pedal. Foi ainda desta máquina q costurei o meu vestido de 15 anos e o de minha formatura da UFPb. Vc é muito estilosa...há tempos q estou de olho em suas saias...bjin

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  2. Menina, minha glória foi ter costurada "pra fora" um dia... Fiz um biquime pra Sônia, viu? ;-) Ela me pagou com uma cigarreira vermelha de couro... Pense... eu já tive cigarreira! ;-)
    Mas só costurei de moldes... e saias eu faço, porque as minhas não dão trabalho... é só cortar e costurar, sem eclair nem cós! ;-)
    Bj!!

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