quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Lembranças geladas, ainda que não tão frescas...

Hoje é o Dia do Sorvete!! Esse eu não conhecia, mas adorei saber que existe... para mim, é muito melhor que o Dia da Pizza!!
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Minhas primeiras lembranças doces e geladas são da sorveteria de tio Zé... Ou melhor, de tio Zé ter uma sorveteria (não lembro de tê-la visitado ou mesmo avistado ao longe)... Lembro de Maria Sônia pintando plaquinhas indicativas dos sabores dos sorvetes em pedaços de cartolina branca...
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E lembro de uma "barruada" (uma trombada!) que dei em Felipe... Estávamos brincando, correndo ao redor de casa quando sofremos um "baita" encontrão... Lembro do enorme galo que me subiu imediatamente e de como eu chorei com a dor... mas lembro que depois mamãe mandou que Sóstenes fosse buscar picolés na sorveteria de tia Zé (acho que a sorveteria ficava em Jaguaribe, não sei como os picolés não derreteram, pois não haviam inventado o "isopor", muito menos o "isonor", como chamávamos...) para as vítimas do acidente... No final, eu acabei adorando aquela pancada! ;-)
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Naquela época, passava lá por casa um sorveteiro com sua carrocinha, anunciando seu produto através de uma buzina de borracha... O carrinho (azul!) era de madeira e bem menos sofisticado ou enfeitado que os que vemos agora pelas ruas...
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Dentro daquele carrinho azul, não faço ideia de "como", duas latas grandes cheias de sorvete (cada uma de um sabor diferente)... Próximo aos "braços" da carrocinha, havia uma portinhola que aberta, revelava dois compartimentos: um cheio de "casquinhos" (que eram de dois tamanhos: os pequenos, brancos, sem graça e sem sabor; e médios, de cor parecida com os casquinhos atuais e de sabor agradável) e um outro para guardar o dinheiro... As bolas de sorvete eram servidas com colheres apropriadas, nunca mais de duas no mesmo casquinho!
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Ganhar um sorvete daqueles era motivo de muita alegria para mim! Da mesma época, me chegam as lembranças dos sorvetes do Armazém do Norte e de minha vontade de conhecer a Sorveteria Paquetá.
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Paralelamente, vislumbro outra lembrança também saborosa... lembrança dos picolés e das tentativas de sorvete caseiro, que mamãe fazia vez por outra... Lembro que um dia Marcelo assumiu a "fabricação" dos nossos "sorvetes" de abacaxi... ele introduziu claras em neve, na receita de mamãe... e também bateu as "pedras de sorvete" no liquidificador em busca de uma cremosidade que eu não vi... Mas o sabor daqueles "abafa-bancas" era sempre delicioso!
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Isto é... desde que a fruta usada não fosse o abacate ou a mangaba... duas frutas que nunca me atraíram! O abacate, pelo sabor, que não tem nada de refrescante nem de doce (duas qualidades que busco nas frutas que consumo!). E a mangaba pelo cheiro enjoativo que sempre me dá nauséas e me impede de apreciar o sabor...

2 comentários:

  1. Na casa da minha avó na Treze de Maio, onde eu passava a semana p estudar, tinha "meio pé de abacate"!! É q o pé mesmo ficava no limite do muro das duas casas, e a árvore deixava cair muitos galhos no quintal da minha avó. Resultado: minha avó e a vizinha fizeram um acordo que os abacates do nosso lado poderiam ser usados por nós. Imagina!! Só q c esse acordo, comecei a levar p o lanche do colégio, uma vitamina de abacate todos os dias!! Menina, estou com náuseas até hoje! bjin

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  2. Lú, lá em casa era diferente... tinha um abacateiro!!(se bem que não lembro de ter abacates nele...) Mas o povo todo lá de casa gostava muito de "abacatada"... ainda tinha um de meus irmãos, Carlos, que comia abacate como eu como banana... só descascando e dando dentadas... Eu nunca gostei de abacate... até o dia com descobri que em saladas de verduras ou como patê, para comer com pão (de preferência bem apimentado) ele é muito gostoso!! Depois apredi que se colocar um fatiazinha pequena (bem pequena mesmo!!) em um copo de suco de laranja ou de maracujá também fica bom... Mas lá em casa se comia com leite e eu não sou dada a comer comida de bezerro... ;-)
    Beijo!

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