sexta-feira, 3 de julho de 2009

Brincando e crescendo

São muitas as lembranças... elas pulam na minha frente, fazem roda ao meu redor, todas de mãos estendidas em minha direção e gritando para que eu as instale nestaa cibermorada, recém-inaugurada e ainda tão desorganizada... Montar uma casa nova é sempre um desafio... prazeroso, mas arriscado!

Não sabem elas que o fato de estarem aqui não muda muita coisa... continuarão também em minha mente e em meus sonhos...
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Escolho sempre as menorezinhas, as que, de tão pequenas, às vezes não enxergo direito... O computador atua como uma lupa, que as aproxima e assim, ampliadas, posso dar-lhes a merecida atenção.
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Nasci em Campina Grande, onde meu pai foi juiz por longos 10 anos. Depois que eu cheguei, a família só morou lá por mais um ano. Mudamos para João Pessoa e Campina Grande ficou na minha vida apenas como um estigma: os pessoenses não simpatizam muito os campinenses, nem mesmo os que lá nasceram por acaso...
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Pretendo conhecer um pouco melhor minha cidade natal em agosto próximo, quando irei lá para a formatura de minha querida sobrinha-afilhada (e um pouco neta também! Falarei sobre isso mais tarde), Thaciana...

Exceto por fotos, como esta aqui ao lado, provavelmente feita por Maria Sônia, não conheci a casa onde vivi meu primeiro ano e que parece muito agradável, com um bonito jardim. Acho que o clima de Campina é favorável à beleza das flores... Pena que não floresci lá!! ;-)

Como se pode ver, eu tive muitos irmãos mais velhos... Eles, naturalmente, tinham seus mundos inafantis completamente masculinos, não havia espaço para uma pirralhinha chata e chorona, que não sabia jogar bolar nem brincar de briga...

Não sabia, mas aprendi!
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Lembro que tive bonecas: havia uma que, na minha memória aparece com o nome de Marina, que era pequena mas tinha cabelos "de verdade". Eu, francamente, não lembro de brincar com ela...

Já maiorzinha, eu ganhei um bebê, que para mim era grande, dava para eu segurar como se fosse uma criancinha de colo mesmo. O que mais lembro dele, é que tinha um "choro" (um objeto estranho que fazia um ruído ainda mais estranho quando se virava o bebê) nas costas e que meus irmãos gostavam de mexer nisso... além disso, meu bebê fechava os olhos azuis, tinha um boné para cobrir a careca (o cabelo era apenas insinuado, feito do mesmo plástico que o resto do boneco) e um macacãozinho do mesmo tecido do boné. Acho que tudo foi confeccionado por mamãe ou por Maria Sônia...

Não tenho certeza, mas acho que o bebê sofreu traumatismos muito sérios ao longo de sua breve existência e acabou virando botão (meus irmãos eram hábeis fabricantes de botões de "baquelite"! Não sei se eram tão bons jogadores, mas jogavam muito e os jogos eram disputadíssimos, inclusive em lutas corporais "fora do campo"...) ;-)

Um pouco mais tarde, em um Natal, ganhei uma outra boneca. Acho que foi idéia de minha mãe, que se preocupava porque eu só gostava de "brincadeira de meninos". Eu também não dei muita bola para aquela boneca cujos cabelos pareciam lã de carneiro marrom. Ela também "chorava", coitada!, ganhou roupa nova feita por minha mãe (eu achava a roupa bonita, gostaria de ter uma igual...). Essa boneca até usava sapatos!!

Bem, parece que nunca gostei muito de bonecas... Mas de casinha eu gostava! Meu brinquedo feminino predileto era a mobília de plástico azul que me permitia montar uma casa completa. O melhor de tudo: nisso eu até conseguia companhia! Às vezes, mamãe me ajudava a miontar a casinha, outras vezes, lembro que Felipe colaborava comigo (ele foi o irmão mais companheiro que tive, éramos quase da mesma idade e isso favorecia muito a situação...)

Outros brinquedos que estão nítidos na minha memória: um balde de praia, de metal esmaltado em vermelho (lindo!), uma bola azul (para mim, era de vôlei) e uma peteca que ninguém queria jogar comigo... Fora isso, eu tinha preciosos lápis coloridos e os livros!

Fora esses meus brinquedos, havia os dos meninos e da comunidade em geral... ;-) Tijolinhos de madeira para construção de casas e pontes; "ligue-ligue"; quebra-cabeças (em geral, feitos por mamãe, com nossa ajuda...); "víspora"... baralho era só para os grandes de verdade!

Para quem não pretendia escrever hoje, acho que extrapolei!! ;-)
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Aqui vai outra foto, agora, já em João Pessoa!
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Gosto muito dessa foto, também deve ter sido feita por Maria Sônia, que era nossa fotógrafa oficial e dona da máquina fotográfica lá de casa.
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Acho que estou sentada na frente de nossa casa na praia (na época ainda seria a casinha que foi de nosso avô materno).
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O macaquinho que estou usando, na minha memória, era verde e tinha uma raquete e uma bola de tênis bordadas no peitilho.
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A bola era de borracha bem flexível (se enchia soprando!) coberta por pentágonos de tecido (lonita?) colorido... era linda, mas não era minha... acho que era de Felipe, mas o que importa é que ele ma emprestava!



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