quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Feijão verde, cadê você?

Hoje eu estava com muita vontade de comer feijão verde no almoço... Mesmo estando com as panturrilhas (minhas batatas das pernas se sentem muito chiques com esse nomes que lembra "salsaparrilha", que é uma palavra que eu escutava lá em casa, quando era pequena...), eu saí pelas redondezas em busca de um menino que estivesse vendendo meu feijãozinho já debulhado...
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Lá em casa, não lembro de feijão verde ser comprado assim quase pronto... Papai comprava as vagens amarradas em feixes e nós passávamos um bom tempo debulhando-as e expulsando as lagartas que vinham escondidas em algumas delas... Eu gostava da "farra da debulha", mas não gostava nada de ser convocada para a "varrição" da sujeira que ficava no "terraço da cozinha"...
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Nunca fui amiga de vassouras... quer dizer, até gostaria de ter uma daquelas voadoras... usadas pelas bruxas... Aliás, houve um período em minha vida em que assumi meu lado bruxa... na época, fantasiava ter uma vassoura voadora que me levava aonde eu queria estar... Na verdade, minha imaginação aliada à tecnologia substituíam a vassoura que nunca tive... nem vassoura, nem tapete mágico pobreza total!!
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Agora... o uso mais corriqueiro das vasouras, varrer o chão, sempre foi uma tarefa deplorável da qual eu fugi... Acho que minhas mãos são inábeis para vassouras e violões... Todas as vezes que tento usar um desses instrumentos, tão distintos, acabo com as mãos machucadas...
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Bem, cá estou já tão distante do meu feijão verde... que, por sinal, também esteve muito longe de mim... percorri boa parte do bairro, se encontrar sequer um saquinho disponível para venda... Se eu quisesse comprar quiabos seria bem diferente, mas não dá para substituir um pelo outro... Voltei para casa com vontade de comer frango na cerveja... melhor assim, já preparei nosso almoço e escrevo aqui enquanto Erick não chega da faculdade...
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Eu sempre gostei de cozinhar, de misturar ingredientes e ver o resultado... Meu filho é um ótimo "cobaia" para minhas experiências culinárias... Raramente ele pede que eu não faça mais determinado prato, mas, como eu nunca consigo repetir uma receita exatamente como fiz uma vez, eu acabo fazendo alguma variação que ele consegue comer "na boa".
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Guardei minha vontade de comer feijão verde para sábado. Vou procurá-lo mais longe de casa!

3 comentários:

  1. Aqui é tbem difícil de encontrar feijão verde e às vezes encontramos o feijão de corda que não é a mesma coisa...minha avó fazia uma "raposa", que era o feijão verde bem machucado com farinha,formando bolinhos com as suas mãos, os netos sentados na esteira e ela molhando a tal "raposa" num molho delicioso e distribuindo direto na boquinha de cada um...que delícia!! Mas não sei pq ela chamava aquele bolinho de raposa!!

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  2. Eu não conhecia essa raposa... ;-)
    Acho que o feijão de corda, quando novinho, é o verde... (na nossa terrinha a gente encontra tão facilmente...)
    Quando eu morava em Recife com uma amigas de Vertentes, aprendi que quando seco, aquele feijão é chamado feijão-xoxa... (uma forma sincopada para feijão-xoxa-bunda...) ;-)

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  3. nossa, faz tempo qiue não como feijao xoxabunda

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